Banco Central cria relatório de sustentabilidade ao mercado financeiro

Bitcoin cryptocurrency trader, business person using modern technology electronic to trade with crypto money, stacked coins in the foreground and defocussed businessman in background
Bitcoin cryptocurrency trader, business person using modern technology electronic to trade with crypto money, stacked coins in the foreground and defocussed businessman in background

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira (15) a primeira edição do Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas.

O documento é parte da agenda “BC#Sustentabilidade”, lançada há um ano. Ao reconhecer o valor do tema na economia, o banco passou a analisar os riscos sociais, ambientais e das mudanças climáticas sobre o mercado financeiro.

Entre as ameaças estratégicas identificadas, está a falha na coordenação das ações institucionais, que poderia criar incertezas ao cumprimento de padrões e acordos sobre o clima, e o impacto de alterações climáticas no setor agrícola, entre outros.

Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o objetivo da agenda é estimular o desenvolvimento de finanças sustentáveis no Brasil.  

Campos Neto explicou que choques ambientais e climáticos podem afetar a taxa de inflação e são difíceis de prever. Como exemplo, ondas de calor, secas e outros eventos, que têm afetado os preços de alimentos e energia.

O presidente do Banco Central anunciou a criação, até dezembro de 2022, de um bureau de Crédito Rural Sustentável, para definir critérios de sustentabilidade para concessões de empréstimos ao setor agrícola.

O diretor de Regulação, Otávio Damaso, disse que o sistema vai automatizar a negativa ao pedido de empréstimo, caso exista algum impedimento legal. Segundo ele, a ideia é ter mais de uma fase de segurança no processo.

Já estão automatizados impedimentos relacionados ao Cadastro Ambiental Rural e ao trabalho em condições análogas à de escravo. Unidades de Conservação, terras indígenas, quilombolas e áreas embargadas na Amazônia também vão ser incluídas.