Brasil deve ser protagonista da nova matriz energética mundial
Presidente da Fiesp acredita que biocombustíveis e energia limpa podem levar o país a se destacar no cenário internacional
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) realizou na última semana um seminário para discutir a regulamentação e as oportunidades do mercado de carbono no Brasil. O evento reuniu diversas entidades e especialistas, como representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“O Brasil tem uma oportunidade única para se reindustrializar com esta abertura das mudanças energéticas. O mercado de carbono faz parte disso e eu acho que essa nova economia verde em que o Brasil seguramente pode se destacar com os biocombustíveis, com a biomassa, com o etanol, principalmente de segunda geração, com biodiesel e outros biocombustíveis, com o hidrogênio verde, com a geração solar, com a geração eólica, o Brasil pode se destacar nessa nova matriz energética mundial e, obviamente, o mercado de carbono tem um papel de destaque nisso”, ressaltou Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp.
Segundo Marcia Giannichi, secretária do MME, o Decreto do Mercado de Carbono deve contribuir com o país e atrair investimentos internacionais. “O investidor do mundo ESG que a gente tem no futuro vai olhar para os países e ele vai olhar para as matrizes energéticas, ele vai olhar para a pegada de carbono dos processos industriais e ele certamente vai escolher colocar uma planta, colocar uma indústria ou colocar seus investimentos onde você tiver a maior possibilidade de uma pegada de carbono positiva. Então o decreto também traz essa possibilidade de você olhar para isso com uma possibilidade de no futuro a gente ter acesso a esses mercados”, avaliou.