Brasil recicla 94% das embalagens de defensivos e evita emissão de toneladas de GEE

Somos o país que mais recicla embalagens de defensivos no mundo e liderança é graças ao projeto Sistema Campo Limpo

Blank pesticide jug container mock up in wheatgrass field. Using chemical in crop protection agricultural activity.
Blank pesticide jug container mock up in wheatgrass field. Using chemical in crop protection agricultural activity.

Desde 2002, 650 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas foram recicladas, evitando a emissão de 899 mil toneladas de Gases de Efeito Estufa (GEE). Esse montante equivale a 15 mil viagens de caminhão em torno da Terra. Além disso, se essa emissão de gás carbônico tivesse acontecido, seria necessário plantar 6,5 milhões de árvores para compensar.

Estima-se que o país destine corretamente 94% das embalagens do mercado de defensivos, de acordo com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev). Esses dados demonstram que o Brasil é o país que mais recicla embalagens de defensivos no mundo.

O sucesso é graças a um programa do Governo Federal chamado de Sistema Campo Limpo, baseado na logística reversa, ou seja, no recolhimento desses materiais após o término dos produtos. E para que isso aconteça todos os elos da cadeia precisam estar envolvidos.

“O primeiro é o agricultor que tem que lavar, inutilizar e armazenar essa embalagem na propriedade rural e devolver em até um ano contando da data da nota fiscal do produto. O segundo elo é o comerciante, que tem que receber essa embalagem no local onde ele fez a venda do produto ou credenciar postos ou unidades para intermediar esse recebimento. Uma vez que essa embalagem estiver dentro do posto e atingir um determinado volume, o terceiro elo é acionado, que é a indústria que recolhe essas embalagens e leva para um destino ambientalmente adequado, no qual essas embalagens voltam para a cadeia das embalagens. O papelão é 100% reciclado, 100% das tampas vem de embalagem de agrotóxicos. E o quarto elo somos nós, o poder público, que temos o trabalho de fiscalizar, conscientizar e fazer o controle de todo esse sistema de devolução”, explica Leonardo Vicente da Silva, coordenador setorial de controle de agrotóxico da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Seappa – RJ).