Brasil tem primeira fazenda de café regenerativo do mundo
O produtor Fernando Nogues Beloni conquistou, no final do ano passado, a certificação de primeira fazenda de café regenerativo do mundo. Localizada em Patrocínio, no Cerrado mineiro, a propriedade foi reconhecida pela certificadora britânica Control Union devido às suas práticas de agricultura sustentáveis. O certificado valida práticas realizadas há mais de três anos, com foco […]
O produtor Fernando Nogues Beloni conquistou, no final do ano passado, a certificação de primeira fazenda de café regenerativo do mundo.
Localizada em Patrocínio, no Cerrado mineiro, a propriedade foi reconhecida pela certificadora britânica Control Union devido às suas práticas de agricultura sustentáveis.
O certificado valida práticas realizadas há mais de três anos, com foco no aumento da saúde do solo, estímulo à biodiversidade, controle da emissão de gases de efeito estufa e sequestro de CO2.
De acordo com Beloni, o interesse pela agricultura regenerativa aconteceu de forma natural e a busca pela certificação foi instigada por meio da comercialização do seu café pela Expocaccer a uma empresa francesa que externou o interesse pela certificação.
“Um dos incentivos para obter a certificação foi quando vendi meu café para uma empresa da França e eles me perguntaram se eu tinha algo voltado para agricultura regenerativa”, contou à Expocaccer.
Segundo ele, a propriedade já adotava muitas das práticas são necessárias, mas era importante demonstrar isso por meio de uma certificação, a primeira do mundo no caso da produção de café.
“A substituição dos fertilizantes e defensivos químicos por orgânicos, dentre outras práticas sustentáveis, já era uma realidade na minha fazenda. Então, resolvi buscar uma certificação internacionalmente reconhecida”, explicou.
A agricultura regenerativa utiliza processos de produção que restauram o solo, melhoram a biodiversidade entre os polinizadores naturais (abelhas e borboletas) e ampliam a captação de carbono no solo, obtendo assim benefícios ambientais duradouros.
No total, após submeter a fazenda ao processo de obtenção da certificação, Fernando Beloni esperou cerca de 3 meses pelo resultado. “Inicialmente diminuímos a utilização dos defensivos químicos para regeneração biológica do solo e plantas na fazenda, mas ao perceber os benefícios gerais na lavoura, resolvemos profissionalizar os trabalhos voltados para agricultura regenerativa e contratar uma consultoria”, ressaltou Beloni.
Segundo ele, a agricultura regenerativa permite um aumento na produção de cafés e na rentabilidade do negócio, com a valorização dos grãos. Por outro lado, para os consumidores, os cafés originados de uma produção regenerativa oferecem um produto mais saudável, além de conectá-los a um conjunto de valores e processos que envolvem um produto ético e ambientalmente responsável.
O produtor diz que não foi difícil conseguir a certificação, uma vez que as práticas sustentáveis estão presentes na forma de produção dos cafeicultores do Cerrado Mineiro.
“Acredito que não tive muitas dificuldades em conseguir a certificação, pois para os cafeicultores dessa Região a transição para uma cafeicultura responsável vem acontecendo naturalmente há alguns anos”, finaliza. (com informações da assessoria de imprensa)