
Na zona rural de Dois Córregos, no interior de São Paulo, a Fazenda Quatro Irmãos está vivendo uma nova fase, com ênfase na sustentabilidade. Há cerca de dois anos, a família Camilli, que cultiva café há três gerações, passou a investir em fertilizantes de matriz orgânica — produtos com menor impacto ambiental, que têm trazido bons resultados para a lavoura.
Com 500 mil pés de café arábica, sendo grande parte da variedade bourbon amarelo, conhecida pela doçura e sabor marcante, a fazenda mantém viva a tradição cafeeira desde os primeiros anos do século XX, quando a família migrou da Itália para o Brasil. O início foi marcado por muita dedicação e trabalho árduo, com as primeiras plantações sendo cuidadas manualmente.
“Naquele tempo era tudo no braço. Três famílias cuidavam de 26 mil pés. Depois foi mudando, tecnologia, maquinário. Chegamos hoje nos 500 mil pés, mas 100% mecanizado”, conta o produtor rural, Achiles Pedro Camilli.
Ao longo do tempo, a Fazenda Quatro Irmãos foi diversificando sua produção, passando a cultivar soja, milho e cana-de-açúcar além do café. A estratégia tem proporcionado maior segurança financeira, mas, apesar disso, os produtores da região ainda enfrentam as dificuldades impostas pelas mudanças climáticas.
“De dois anos para cá, a gente vem sofrendo muito. A chuva corta muito cedo, ali por junho, e só volta em outubro”, explica o produtor rural, Nilseu Camilli. “Então, na hora em que o café precisa de água para florar, às vezes falta — como aconteceu neste ano. A lavoura sente a seca, e a carga não fica uniforme”.
Esse novo cenário tem levado os produtores a buscar alternativas mais sustentáveis e eficientes, tanto no manejo do solo quanto no uso de insumos. A adoção de fertilizantes com menor pegada ambiental é uma das estratégias que têm ajudado a enfrentar os impactos das mudanças climáticas, com ganhos agronômicos e ambientais.
A resposta está no solo
Para lidar com os extremos do clima, a família encontrou nos fertilizantes da Campo Forte uma solução eficaz. Com compostos de origem orgânica, esses fertilizantes melhoram a estrutura do solo, favorecem o desenvolvimento radicular e aumentam a capacidade da planta de absorver água e nutrientes.
“A gente trabalha muito na questão do nascimento. Quando a planta tem um bom enraizamento, é 50% da produtividade garantida. E os fertilizantes da Campo Forte trabalham muito bem essa parte, ajudando a planta a suportar melhor as adversidades do clima”, explica o consultor da Campo Forte, Gabriel Milani.
Na prática, é como se as raízes da planta ganhassem mais “bocas”, permitindo que ela aproveite melhor a umidade do solo. Isso resulta em menor perda de produtividade, mesmo em períodos de calor intenso e estiagens prolongadas. Além disso, o fertilizante também estimula a vida microbiana do solo, essencial para preservar sua saúde e fertilidade a longo prazo.
Resultados comprovados no campo
Para confirmar a eficácia do produto, a Coopermota — cooperativa com mais de 60 anos de história — realizou um experimento lado a lado na safra 2024/2025. Na mesma área, com clima e solo iguais, foram aplicados dois fertilizantes: o da Campo Forte e o de um concorrente. A diferença foi expressiva: enquanto o produto da Campo Forte alcançou 110 sacas por hectare, o outro não passou de 70 sacas.
“O fertilizante da Campo Forte retém mais umidade no solo por conta da matéria orgânica. Isso dá mais longevidade à água no solo, o que ajuda muito nos dias de seca e calor, que têm sido nossa realidade aqui no campo”, relatou o consultor técnico comercial da Coopermota, Guilherme Forcin.
Na fazenda, foi usada a linha HumiFos, um fertilizante com proteção do fósforo, que impede sua fixação no solo e o torna mais disponível para a planta. Isso favorece o enraizamento e contribui diretamente para a produtividade.
Parceria que gera confiança
A chegada da Campo Forte à Fazenda Quatro Irmãos se deu por meio de uma parceria estratégica com a Coopermota, que vem expandindo sua atuação no interior paulista e no norte do Paraná. Mais do que uma relação comercial, a parceria é pautada na disseminação de tecnologia e conhecimento.
“Hoje a gente precisa de eficiência, e ela vem com tecnologia. Buscamos uma agricultura de alta eficiência, com sustentabilidade ambiental e econômica. Isso garante que o produtor invista, cresça e continue passando a terra para as próximas gerações”, destaca o gerente da da Coopermota, Adriano Henrique Silva, responsável pela unidade de Dois Córregos.