Conab testa novo método para medir estiagem na região Sul e MS
Projeto visa identificar com precisão locais mais afetados para concentrar esforços
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está testando um novo método para medir estiagem no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. O projeto tem o objetivo de identificar com mais precisão os pontos mais afetados pela falta de chuvas para concentrar os recursos, ações e políticas públicas com mais assertividade.
Em participação no Planeta Campo, o diretor de política agrícola da Conab, Sérgio De Zen, deu mais detalhes sobre como esse novo tipo de medição está sendo realizado. “Estamos construindo uma amostra objetiva de campo, o que significa isso? É você entrar na lavoura, contar plantas, pesar as plantas, para medir a produtividade que nós estamos tendo. Então esse é um trabalho que vai complementar o trabalho já existente que nós temos, que é um levantamento subjetivo da produtividade”.
De acordo com o diretor, o ‘levantamento subjetivo’ realizado até então tinha como base apenas o relato dos produtores. “Eu absorvo uma série de informações que vêm do Campo, elas são opiniões, e aí eu dou um tratamento estatístico nessas opiniões, mas elas não foram contadas, eu não tenho ciência naquela informação. É a impressão do colaborador, da pessoa que passa a informação que está vendo. Nesse caso não, nesse caso a gente entra, conta as plantas, pesa a produção, e a gente tem noção daquilo que é efetivamente a produtividade de acordo com essa amostra”.
O diretor também explicou que o trabalho está sendo realizado com a máxima rapidez e agilidade devido às parcerias com entidades locais e que o prazo para encerrar os trabalhos é até o final do mês de março. “Com a precisão dos dados a gente sabe onde estão os pontos mais críticos e com isso a gente pode dirigir especificamente os recursos e as ações de toda a política para aquelas regiões que foram mais afetadas”.
Sérgio também comparou o projeto com as ações realizadas há algum tempo na cultura do café. “É uma questão de precisão, eu tomo como exemplo a geada no café, que foi a primeira experiência desse tipo. Nós fizemos um trabalho junto com a Fundação Procafé, que são agrônomos de Campo muito especializados, eles foram com agilidade ao campo, levantaram as informações, coletaram as informações, fizeram a pesquisa de campo. Esses dados vieram para Conab e a Conab utilizando os seus estatísticos, que estão treinados para fazer isso, fez os treinamentos, fez os tratamentos dessas informações, e nós conseguimos verificar e direcionar os recursos para as regiões realmente necessitadas. Então a gente conseguiu economia nos recursos públicos e efetividade no apoio aqueles que realmente precisavam”, concluiu o diretor de política agrícola da Conab.
Confira o programa Planeta Campo na íntegra: