COP27: países e empresas podem manter aquecimento abaixo de 1,5°C
Afirmação é da diretora do Fundo JBS pela Amazônia, Andrea Azevedo. Executiva defende a redução das áreas degradadas e também a conservação da floresta Amazônica.
Uma das principais metas da COP27, a Conferência do Clima das Nações Unidas, é manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C até 2030. E para Andrea Azevedo, diretora do Fundo JBS pela Amazônia, os países e as empresas podem ter ações que impeçam que a temperatura suba além disso.
Em entrevista ao programa Planeta Campo, Andrea afirmou que “é um grande desafio para a maioria do mundo. Uma das soluções para esse desafio está no campo de transição energética. Particularmente para o Brasil, a gente tem um desafio no campo do uso da Terra, do uso do solo e a conservação da Amazônia brasileira é super importante”.
A diretora-executiva do Fundo JBS pela Amazônia esteve presente na 27ª Conferência Mundial do Clima para participar do painel “Zero-conversion food – Feeding a growing world in ways that enable recovery of biodiverse lands and waters”, realizado no Pavilhão de Sistemas Alimentares, na quarta-feira (16).
Atuação do Fundo JBS pela Amazônia
A executiva reforçou ainda que as pautas do Fundo trabalham duas frentes fundamentais: redução das áreas degradadas e também conservação da floresta Amazônica.
“A gente está implementando no Fundo um modelo de Agricultura de Baixo Carbono, principalmente para o início da cadeia e pensando na agricultura familiar, pois, no geral, há duas coisas que faltam: assistência técnica e acesso a crédito”, explicou.
O modelo está em implementação na região do Pará com envolvimento de mais de 1.500 famílias. “É um modelo de longo prazo, em que o agricultor familiar tem um incentivo muito grande que é o aumento da renda através das boas práticas, além de trabalhar com benefícios ao solo”, afirmou.
Desafios para manter a floresta em pé
Azevedo citou dois grandes desafios para manter a floresta em pé: recuperar a produtividade de solos degradados e a geração de valor com a mata em pé.
“Temos a oportunidade de aumentar a produtividade sem desmatar mais nada, então não é necessário aumentar o desmatamento para aumentar a produtividade. Esse é o primeiro desafio. O segundo é gerar valor através da Floresta em pé. Isso é importante porque aqui na COP27 estão se definindo as regras do mercado mundial de carbono. Isso, com certeza, se o Brasil fizer sua tarefa de casa, vai impactar e vai transformar o país numa grande potência Agro ambiental”, finalizou.
O Planeta Campo e o Canal Rural estão realizando a cobertura completa da COP27 com apoio da JBS, UPL e SLC Agrícola.