Dia da Agricultura Irrigada: como a técnica contribui com a sustentabilidade na produção

Técnica está presente em 8,2 milhões de hectares cultivados no Brasil e otimiza a produtividade das lavouras

Green field with drip irrigation system hanging above it against blue sky
Green field with drip irrigation system hanging above it against blue sky

Hoje, dia 15 de junho, se comemora o Dia da Agricultura Irrigada. E o Planeta Campo levou ao ar uma reportagem especial sobre o tema, além de uma entrevista exclusiva com o engenheiro agrônomo especialista em irrigação José Alessandro Martins.

De acordo com o Atlas Irrigação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), atualmente o Brasil possui 8,2 milhões de hectares irrigados. O número representa menos de 20% da área cultivada no país, mas significa mais de 40% do volume total de alimentos produzidos, segundo a Embrapa. Isso mostra como a técnica é capaz de otimizar a produção.

No Brasil os três sistemas de irrigação mais utilizados são os sistemas por aspersão, com pivôs; por inundação, como o utilizado para a produção de arroz; e por gotejamento. “Para o melhor aproveitamento da água, a melhor técnica que nós teríamos para usar é a irrigação localizada [por gotejamento], devido à eficiência dela. (…) Com a irrigação localizada nós estamos colocando a água certa, na quantidade certa e no momento certo”, afirmou Martins.

O engenheiro agrônomo também falou sobre como a técnica ajuda o produtor a diversificar a produção. “Hoje o agricultor precisa diversificar a produção da propriedade dele para ter um melhor custo e uma melhor rentabilidade da propriedade”.

Dia da Agricultura Irrigada: como a técnica contribui com a sustentabilidade na produção
Irrigação está presente em 8,2 milhões de hectares cultivados no Brasil

Uso da água

De acordo com José Alessandro Martins, a água utilizada pela agricultura no processo de irrigação retorna para a atmosfera e para os mananciais pelo ciclo natural das plantas e também pela absorção do solo.

“No momento que nós temos a água passando por uma propriedade rural, ela vai chegar no rio e do rio ela vai para o oceano e vai se salinizar (…) e não vai ter função para alimentação, para nutrição das pessoas. O ideal seria nós usarmos 33% dessa água que passa pela propriedade e transformar ela em irrigação, colocando dentro da planta, porque nós sabemos que a planta vai transpirar, vai mandar para o ambiente, vai ter formação de chuvas. E a água que a planta não usou para se hidratar vai descer para o lençol freático, vai voltar para os mananciais e vai fazer um ciclo, que esse ciclo é o que faz com que tenham chuvas”.

Confira a entrevista completa com José Alessandro Martins: