Saiba como fazer a produção regenerativa do café
Confira as principais práticas envolvidas na produção sustentável do café e saiba um pouco sobre a trajetória do grão no país
Em homenagem ao Dia Mundial do Café, que foi comemorado nesta sexta-feira (15), o Planeta Campo preparou uma reportagem especial sobre a história do grão e também algumas iniciativas de produção regenerativa. Em Divinolândia, no interior de São Paulo, por exemplo, o Sítio Nossa Senhora das Graças intercala os cafezais com milho e brachiaria, entre outros consórcios. A produção tem o apoio da Associação dos Cafeicultores de Montanha de Divinolândia (Aprod), que reúne 68 cafeicultores locais.
“A cafeicultura regenerativa, na minha maneira de pensar, é unir o que os meus avós fizeram lá no passado de maneira natural com a tecnologia de hoje, porque a gente não pode mudar a nossa forma de agir e pensar de uma hora para outra, então a gente está buscando maneiras de melhorar esse planeta e a forma que a gente encontra na nossa realidade é a agricultura regenerativa”, diz Carmen Silvia de Ávila Costa, presidente da Aprod.
Para realizar a produção regenerativa de café algumas práticas são essenciais, conta o engenheiro agrônomo Luis Fernando Navero . “A gente começou a trabalhar, a usar manejos alternativos fugindo do químico, como era usado antes, pensando na sustentabilidade não só econômica, como social e ambiental. Algumas práticas que a gente usa são o manejo do mato, pode ser na roçada, um grupo de plantas de cobertura como aqui na propriedade foi usado o mix de sementes, que é a junção de leguminosas e plantas de cobertura, que tanto servem para atrair inimigos naturais de broca, de bicho mineiro, com polinizadores na época da florada. (…) E essas plantas vão formar uma cobertura de solo que serve tanto para diminuir a temperatura do solo quanto aumentar o teor de matéria orgânica”.
História do café
As primeiras mudas da planta foram trazidas ao Brasil em 1727 por um bandeirante a serviço da Coroa Portuguesa. “O Senador do Maranhão incumbe um sargento, o Francisco palheta, de ir para a Guiana Francesa com a função de trazer uma muda daquele grão. E surge também uma lenda de que o Francisco Palheta se envolveu com a esposa, com a mulher do governador da capital da Guiana e traz, ganha de presente isso [essa muda da planta] de forma clandestina. “Essa muda de café entra dessa forma no Pará e tenta ser produzido no Pará, no norte e no nordeste, mas não consegue que a produção seja realmente eficaz. Depois [o grão] chega no Rio de Janeiro, onde ele tem, durante aquela era do império, ele realmente consegue ser produzido em grande escala e começa a ser o principal produto da pauta econômica do país”.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café, a Abic, a safra em 2022 colheu mais de 60 milhões de sacas e o Brasil é o país que possui o maior número de propriedades agrícolas com práticas e certificação de sustentabilidade.
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