El Niño deve perder força a partir de fevereiro e terminar no outono

A meteorologista Andrea Ramos explicou que o El Niño já teve seu pico máximo em dezembro, e, a partir de fevereiro, vai começar a diminuir de intensidade

O fenômeno El Niño, que provocou o ano mais quente já registrado no mundo, deve perder força a partir de fevereiro e terminar no outono de 2024, de acordo com previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A meteorologista Andrea Ramos explicou que o El Niño já teve seu pico máximo em dezembro e deve ter outro neste mês de janeiro. No entanto, a partir de fevereiro, ele vai começar a diminuir de intensidade.

“O El Niño ainda vai atuar, mas com menos força. A previsão é que ele termine no outono e a gente inicie uma fase de neutralidade”, disse Andrea.

A fase neutra é quando não se tem nenhum evento do El Niño nem do La Niña, e as condições comuns às estações são mantidas.

A perspectiva é que, em setembro, já se tenha o La Niña, segundo a previsão Clima Noah. Andrea Ramos esclareceu que o La Niña é um sinal inverso ao El Niño.

“Enquanto o El Niño é calor, o La Niña é frio. Ele diminui as chuvas na Região Sul e aumenta na Região Norte”.

Para este ano, o indicativo de previsão climática, é que neste verão, nos meses de janeiro, fevereiro e março, as temperaturas vão ficar acima da média.

“Isso a previsão climática já está indicando. Mas, a partir de abril e maio, vai ter tendência de diminuir”, disse Andrea Ramos.

Primavera e verão são as estações quentes que provocam mais chuvas.

“Quando a gente sai dessas estações, vai para o outono e, depois, para o inverno. O outono é uma fase de transição. A gente ainda vai ter, no primeiro mês, temperaturas elevadas, mas já segue para um período mais frio”, disse a meteorologista.

Muito além do El Niño

El Niño

Foto: Envato

A meteorologista destacou que o El Niño não é o único fator que influencia na condição de tempo, e até na geração de ondas de calor.

“O Atlântico também está aquecido e isso intensificou a questão de ondas de calor em 2023”, explicou.

Andrea Ramos prevê que, para o verão, o que se tem é que as temperaturas vão ficar acima da média, com possibilidade de ondas de calor.

“Só que, para ter ondas de calor, as temperaturas têm que ficar acima de 5 °C em relação à temperatura máxima”.

Ela disse ainda que todo o monitoramento tem de ser feito mais próximo, porque são escalas diferentes – previsão do tempo e previsão do clima. Alertou, no entanto, que a previsão do tempo é de chuvas até o final deste mês.

Por Agência Brasil