Energia da cana evitou a emissão de mais de 70 milhões de toneladas de CO2
Brasil é exemplo para o mundo na utilização de fontes de energia renováveis
O Brasil é exemplo para o mundo quando o assunto é o uso de energia. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a matriz brasileira atual é formada por 48,4% de fontes renováveis, ou seja, de recursos capazes de se refazer a curto prazo. Ao redor do globo, apenas 13,8% da matriz energética é sustentável.
Entre as nações que formam o Brics (Brasil, Rússia, África do Sul, Índia e China), por exemplo, as fontes de energia fósseis são as mais utilizadas, chegando a representar 97% na África do Sul, 94% na Rússia, 92% na Índia e 87% na China. Isso é o que demonstra um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o relatório Síntese do Balanço Energético Brasileiro 2021, divulgado pela EPE, entre as fontes de energia renováveis do Brasil, a biomassa da cana-de-açúcar tem um papel bem relevante e representa 19,1% do total.
Além disso, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), a geração de energia realizada pelo setor sucroenergético na última década evitou a emissão de 70,1 milhões de toneladas de CO2 equivalentes. O montante equivale a soma das emissões de Portugual e Dinamarca no ano de 2020, por exemplo.
A Biomassa da Cana
A biomassa da cana é um subproduto fibroso da moagem da cana, que resulta em bagaço e palhada, e que pode ter diversos usos, desde a produção de energia através da queima, até a incorporação ao solo ou como parte integrante da dieta bovina.
“O que é energia? A energia é colocar algo em movimento. Então a gente tem a energia elétrica, que é feita através do bagaço [da cana] que queima na caldeira e parte dessa energia gerada a unidade industrial utiliza para existir, funcionar, e o excedente dessa energia, na verdade, ele coloca à disponibilidade na rede. E quando a gente fala de um processo sustentável de produção de energia, veja, eu tô produzindo energia elétrica através de um recurso que até então não era aproveitado, que é o bagaço (…). Hoje a cana é 100% aproveitável”, explica Almir Torcato, que é gestor executivo da Canaoeste.
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