Epagri lança publicação para o cultivo sustentável de Pitaya
Comercialização da fruta originária da América Central, de aparência exótica e sabor doce é considerada recente no Brasil
A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) divulgou recentemente uma publicação técnica sobre boas práticas no cultivo de pitaya, ou fruta do dragão, como também é conhecida.
A comercialização da fruta originária da América Central, de aparência exótica e sabor doce é considerada recente no Brasil. “Por ser uma fruta nova, para nós produtores a gente está aprendendo, engatinhando, porque nós não temos ninguém ainda com capacidade de dizer “olha, isso aqui funciona dessa maneira”. Então a pitaya é uma coisa que nós estamos aprendendo com o tempo de produção. No caso hoje nós sabemos que do embrião dela, que é a flor pequena, até a maturação, chega a 50 dias a colheita, então a produção é rápida”. Ela começa a produzir com um ano de idade, com 3 anos ela já está uma planta adulta e cada pé de pitaya chega a produzir de 15 a 20 frutos”.
De acordo com estimativa da Epagri, São Paulo é o maior produtor da fruta no país, atrás de Santa Catarina. a cultura também vem ganhando espaço em estados como Pará, Bahia, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
Cultivo sustentável
Um dos destaques no cultivo da pitaya é a aplicação do sistema de plantio direto de hortaliças em pomares de pitaya. Esse sistema tem contribuído para o crescimento da cadeia produtiva sobre bases sustentáveis. A técnica usa plantas de cobertura para promover melhorias da qualidade física, química e biológica do solo, protegendo da compactação, da erosão e das altas temperaturas, além de oferecer uma série de outras vantagens para o cultivo.
“O plantio direto na pitaya, principalmente com o uso de amendoim forrageiro, tem proporcionado adições muito interessantes de nitrogênio ao sistema, visto que a forrageira é uma leguminosa que incorpora em torno de 100 a 150 kg de nitrogênio por ha/ano. Isso é muito interessante, pois a gente consegue construir ambientes, pomares mais sustentáveis com menor dependência de insumos químicos, insumos sintéticos, principalmente fertilizantes nitrogenados. Então formamos ambientes mais resilientes, mais resistentes e também frutas de excelente qualidade”, explica Ricardo Sant’Anna Martins, engenheiro agrônomo da Epagri.