Expansão do etanol de milho impulsiona sustentabilidade e economia no Brasil

A produção de etanol de milho no Brasil deu um salto extraordinário, atingindo 6,3 bilhões de litros no último ciclo, com previsão de chegar a 7,3 bilhões de litros em 2024/2025, consolidando o país como líder em sustentabilidade no setor de biocombustíveis.

A produção de etanol de milho no Brasil tem experimentado um crescimento exponencial nos últimos anos, impulsionada por investimentos robustos e pela crescente demanda por combustíveis sustentáveis. De acordo com a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), a produção saltou de 500 milhões de litros em 2017 para 6,3 bilhões de litros no último ciclo, com uma previsão ainda mais otimista de 7,3 bilhões de litros para a safra 2024/2025.

Este avanço notável reflete não apenas a expansão da capacidade produtiva, mas também a adição de valor ao milho, que antes era predominantemente exportado como grão sem maior aproveitamento interno. Com o desenvolvimento da indústria de etanol de milho, dois impactos significativos emergiram: a regularização dos preços para os produtores e a geração de um produto competitivo e sustentável que fortalece o mercado de combustíveis e o abastecimento interno.

Atualmente, a UNEM representa mais de 97% de toda a produção nacional de biocombustíveis. As primeiras biorrefinarias de etanol de milho surgiram no Mato Grosso em 2017 e, desde então, a tecnologia se espalhou rapidamente pelo Centro-Oeste, com novas unidades em Goiás e Mato Grosso do Sul, e mais recentemente, em outras regiões do país, incluindo o Sul, Norte e Nordeste.

Um dos principais diferenciais do etanol de milho brasileiro em relação ao seu maior concorrente, os Estados Unidos, é o uso de biomassa para geração de energia, em contraste com o gás natural utilizado pelos norte-americanos. Este fator reduz significativamente as emissões de carbono, tornando o etanol de milho brasileiro uma opção mais sustentável.

Outro ponto relevante é o uso do milho de segunda safra na produção de etanol, o que maximiza a eficiência agrícola e reduz ainda mais a pegada ambiental do biocombustível. Isso contribui para as vantagens ambientais que fazem do etanol de milho uma peça-chave na matriz energética brasileira.

A demanda interna por combustíveis líquidos, especialmente etanol, tem sido um dos principais motores do crescimento dessa indústria. Segundo a UNEM, 41% de toda a energia consumida por veículos leves no Brasil vem do etanol, seja de cana-de-açúcar ou de milho. Além disso, o etanol de milho tem potencial para expandir sua participação em outros mercados, como bioquerosene de aviação e combustíveis marítimos sustentáveis.

O futuro é promissor. As projeções indicam que a produção de milho no Brasil, atualmente em 111 milhões de toneladas, pode alcançar 176 milhões de toneladas até a safra 2032/2033. Este aumento significativo não apenas atenderá à crescente demanda por alimentos, mas também impulsionará ainda mais a produção de etanol de milho, consolidando-o como um biocombustível de baixo impacto ambiental e alta sustentabilidade.