Governo lança plano de preservação para árvores em extinção
Durante esse período, o governo pretende realizar ações que incentivem a ampliação do conhecimento e a promoção da conservação das espécies em risco de extinção
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou a criação do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Árvores Ameaçadas de Extinção do Sul da Bahia (Pan Hileia Baiana), visando à preservação de 221 espécies de árvores em perigo de extinção na Mata de Tabuleiros, em conjunto com áreas de Mata Atlântica.
O plano representa um esforço significativo para proteger a rica biodiversidade dessa região única.
Objetivos e ações do plano
O plano tem sua implementação programada para iniciar em 1º de setembro, com uma duração de cinco anos. Durante esse período, o governo pretende realizar ações que incentivem o engajamento de diversos setores da sociedade ligados à Hileia Baiana, visando a ampliação do conhecimento e a promoção da conservação das espécies em risco.
Dentre as ações planejadas, destaca-se a troca e sistematização de conhecimento tradicional e científico, visando a criar uma base sólida de informações para as estratégias de conservação.
Além disso, está prevista a expansão das estratégias de proteção tanto dentro como fora da área da Hileia Baiana. O plano também busca estimular o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para as espécies e seus ecossistemas.
Classificação e Benefícios
As 221 espécies ameaçadas de extinção presentes no Pan Hileia Baiana foram classificadas com base nos critérios da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Dentre essas espécies, 21 são consideradas “Criticamente em Perigo” (CR), 149 estão na categoria “Em Perigo” (EN) e 51 são classificadas como “Vulneráveis” (VU). Adicionalmente, outras 216 espécies também deverão ser beneficiadas por meio desse plano de conservação.
Coordenação e monitoramento das espécies em risco de extinção
A coordenação do Pan Hileia Baiana será liderada pelo Projeto do Núcleo Estratégias para Conservação da Flora Ameaçada de Extinção, vinculado ao Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).
Além de coordenar as ações do plano, a instituição será responsável por criar um grupo de assessoramento técnico para o projeto, bem como monitorar e revisar continuamente as estratégias implementadas.