GTPS quer rastreabilidade de todo o gado brasileiro de forma gratuita
Os produtores e a agroindústria teriam um prazo de aproximadamente dois anos para começar a promover a rastreabilidade desses produtos.
A União Europeia vem estudando a aprovação de uma lei que impede a importação de commodities ligadas ao desmatamento.
Os produtores e a agroindústria teriam um prazo de aproximadamente dois anos para começar a promover a rastreabilidade desses produtos.
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Aos produtores surgem as dúvidas. Será que esse prazo é suficiente? Há como atender as exigências da rastreabilidade socioambiental de toda a cadeia produtiva?
De acordo com Luiza Bruscato, diretora da Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável (GTPS), pode ser que a lei europeia funcione como um acelerador no desenvolvimento sustentável, mas prega cuidado.
“O prazo, de possivelmente dois anos, para a adequação das empresas às novas regras é muito desafiador e é possível prever que o não cumprimento poderá levar a multas pesadas, além da perda de mercado”.
Atualmente, a legislação brasileira exige a rastreabilidade apenas de questões sanitárias do gado, de saúde animal, mas não inclui o processo socioambiental, como o desmatamento. Em geral, os frigoríficos têm o histórico de seus fornecedores diretos, ou seja, a aquisição do boi gordo, e ainda trabalham para conseguir as informações de todo o ciclo pecuário.
A GTPS, inclusive, segundo Bruscato, irá pedir ao Ministério da Agricultura e Pecuária que seja feita a rastreabilidade de todo o gado brasileiro. Além disso, outro pedido que será feito a longo prazo, é que esse número seja disponibilizado de forma gratuita pelo Mapa desde o nascimento do bezerro.