Instituto de Pesca publica estudos sobre a conservação dos ecossistemas aquáticos

O Instituto de Pesca também contribuiu para a criação de um banco de dados sobre a biodiversidade aquática global, coordenado por pesquisadores do German Centre for Integrative Biodiversity Research (iDiv), Alemanha

O Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolveu estudos científicos e projetos que contribuem para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, incluindo a proteção e o uso sustentável dos ecossistemas terrestres.

Um dos estudos do Instituto de Pesca analisou a ictiofauna (comunidades de peixes) de riachos das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), no estado de São Paulo. O estudo, publicado na revista Biota Neotropica, identificou que a pressão para converter áreas naturais em áreas urbanas ou de pastagem tem aumentado na região, o que pode levar à perda da biodiversidade aquática.

O estudo recomenda que mais sub-bacias do PCJ sejam estudadas, considerando também novas abordagens a serem usadas para apoiar o estabelecimento de políticas públicas voltadas à conservação e restauração da biodiversidade remanescente. A Bacia do PCJ também poderia se beneficiar do planejamento de áreas de conservação baseadas em abordagens integradas terrestre-água doce, devido ao máximo de benefícios alcançáveis relacionados a estas análises.

Instituto De Pesca

Foto: Envato

Além desse estudo, o Instituto de Pesca também contribuiu para a criação de um banco de dados sobre a biodiversidade aquática global, coordenado por pesquisadores do German Centre for Integrative Biodiversity Research (iDiv), Alemanha. Os dados do banco estarão disponíveis na publicação “The database of land-use effects on freshwater biodiversity across the globe”.

O IP também atua em colaboração com a Universidade do Tennessee, Estados Unidos, conduzindo uma meta-análise para desvendar as consequências das mudanças no uso da terra nas comunidades de peixes tropicais de água doce.

Além disso, o Instituto de Pesca desenvolveu um terceiro estudo em um tipo de rio de Mata Atlântica, os rios de águas pretas, caracteristicamente ricos em ácidos húmicos, e com uma composição de peixes bastante específica. Estas pesquisas foram desenvolvidas dentro de Áreas de Conservação como o Parque Estadual Restingas de Bertioga (PERB), bem como de áreas adjacentes na região costeira do Estado de São Paulo.

Essas abordagens indicam que modificações ambientais, como o uso do solo, podem afetar diretamente as características de água (por exemplo, nível de pH), influenciando as preferências dos peixes pelos diferentes habitats.