JBS avança na criação do Centro de Pesquisas em Proteína Cultivada

Com investimento de US$ 60 milhões, o JBS Biotech Innovation Center será instalado no Centro Tecnológico do Sapiens Parque, em Florianópolis

JBS avança na criação do Centro de Pesquisas em Proteína Cultivada

A JBS, líder global em alimentos à base de proteína, escolheu a cidade de Florianópolis (SC) para sediar o JBS Biotech Innovation Center, um centro de pesquisas voltado para a área de alimentos. O local, inicialmente, terá como foco o desenvolvimento de tecnologia própria para a produção de proteínas cultivadas, visando tornar mais eficiente, escalável e financeiramente competitivo o seu processo produtivo.

O investimento na capital catarinense é estimado em US$ 60 milhões nos próximos quatro anos para a implantação do Centro de Pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias para a produção de proteínas alternativas. Nesse primeiro momento, a Companhia concentrará esforços na construção de instalações especializadas para o desenvolvimento de tecnologia 100% nacional para a produção de proteína cultivada e da planta piloto, bem como na aquisição dos insumos necessários para a realização das pesquisas.

O JBS Biotech Innovation Center será instalado em um terreno de 40 mil metros quadrados (m2), compondo um complexo que ocupará uma quadra de quatro lotes margeados por um pequeno lago artificial, em posição privilegiada no parque tecnológico Sapiens Parque. Nesse primeiro momento, as instalações irão ocupar uma área inicial de 10 mil m2, com possibilidade de expansão para futuros projetos da JBS.

“Esse é, de longe, o maior investimento de uma empresa brasileira no setor de proteína cultivada e reforça nossa estratégia de inovação para atender à crescente demanda por alimentos, resultado do crescimento da população global. O JBS Biotech Innovation Center coloca a JBS numa posição única para liderar este segmento”, destacou Eduardo Noronha, Head de Inovação e Excelência Operacional da JBS.

O novo Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) deve gerar mais de 100 empregos diretos, incluindo vagas de alta qualificação profissional, inicialmente com 25 especialistas-doutores apenas para o projeto de pesquisas em proteína cultivada. O projeto será liderado pelos doutores Luismar Marques Porto, presidente do JBS Biotech Innovation Center, e Fernanda Vieira Berti, vice-presidente do Centro de PD&I.

 

Paulo Vitale Jbs | Planeta Campo

Luismar Marques Porto e Fernanda Vieira Berti vão liderar o projeto (Crédio: Paulo Vitale/JBS)

Dois dos maiores especialistas em bioengenharia do país, ambos os cientistas têm ampla experiência profissional e acadêmica internacional. Enquanto Porto já foi cientista visitante da Harvard University e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Fernanda tem passagem pelo Research Institute I3Bs, e criou startup incubada no Vale do Silício (EUA) que desenvolve produtos baseados em medicina regenerativa e células-tronco para o tratamento de animais.

Expansão em proteína cultivada

O investimento no Centro de PD&I consolida o movimento iniciado pela JBS em novembro de 2021, com a aquisição do controle da empresa BioTech Foods. A empresa espanhola é uma das líderes no desenvolvimento de biotecnologia para a produção de proteína cultivada e conta com apoio e financiamento do governo espanhol e da União Europeia.

A operação, anunciada ao mercado em novembro do ano passado, foi aprovada no final da semana passada pelo governo espanhol. Com o negócio, a JBS passou a deter participação acionária de 51% na BioTech Foods, oferecendo, assim, a sua musculatura global para acelerar o desenvolvimento do mercado de proteína cultivada.

A BioTech Foods utilizará os recursos da operação para financiar os seus planos de expansão. A empresa opera uma planta-piloto na cidade de San Sebastián e tem a expectativa de alcançar a produção comercial em meados de 2024, com a construção de uma unidade fabril com capacidade de 1 mil toneladas por ano. O investimento na nova instalação é estimado em US$ 41 milhões.

Sobre a JBS

A JBS é líder global em produção de alimentos à base de proteína. Com uma plataforma diversificada por tipos de produtos (aves, suínos, bovinos e ovinos, além de plant-based), a Companhia conta com mais de 250 mil colaboradores, em unidades de produção e escritórios em todos os continentes, em países como Brasil, EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, China, entre outros. No Brasil, a JBS é a maior empregadora do país, com mais de 145 mil colaboradores.

No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação: Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre muitas outras, que chegam todos os dias às mesas de consumidores em 190 países. A empresa investe em negócios correlacionados, como couros, biodiesel, colágeno, higiene pessoal e limpeza, envoltórios naturais, soluções em gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transportes, com foco na economia circular. A JBS conduz suas operações priorizando a alta qualidade e a segurança dos alimentos e adota as melhores práticas de sustentabilidade e bem-estar animal em toda sua cadeia de valor, e assumiu em março de 2021 o compromisso de se tornar Net Zero até 2040. Isso significa que a JBS vai zerar o balanço líquido das suas emissões de gases causadores do efeito estufa, reduzindo a intensidade das emissões diretas e indiretas e compensando toda a residual. A JBS foi a primeira empresa global do setor de proteína a estabelecer esse compromisso, com o propósito de alimentar pessoas ao redor do mundo de maneira cada vez mais sustentável.

 

Fonte: assessoria