Nova planta de biodiesel duplica produção da JBS
Com nova planta inaugurada em Mafra (SC), JBS produzirá cerca de 720 milhões de litros por ano de biodiesel com potencial para alcançar todo o mercado nacional
A JBS duplicou a produção de biodiesel após a inauguração da nova fábrica do produto, em Mafra, no estado de Santa Catarina.
Com a nova fábrica em operação, a capacidade de produção total de biodiesel da JBS saltou de 350 milhões para cerca de 720 milhões de litros por ano, de acordo com informações do portal da empresa. O investimento na fábrica foi de R$ 180 milhões.
O montante representa pouco mais de 10% do volume de 6,76 bilhões litros produzidos do biocombustível no país em 2021, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Com isso, a JBS se transformou na maior produtora verticalizada do combustível ecológico a partir de resíduos orgânicos e óleo de cozinha usado.
Alexandre Pereira, diretor comercial da JBS Biodiesel, falou ao Planeta Campo sobre os primeiros resultados alcançados com a fábrica.
Porquê em Mafra?
Segundo Pereira, a escolha por Santa Catarina foi estratégica para a empresa.
Desde 2007, a companhia já investe na produção de biodiesel com fábricas em Mato Grosso, no município de Rio Verde, e no interior de São Paulo, em Lins. Agora, a região de Mafra foi pensada pela sinergia com as operações da Seara que já existem na região.
“Aproveitando a economia circular e a quantidade de resíduos gerados pela fábrica da Seara, entendemos que era a melhor opção ter essa usina próxima”, explica.
As três fábricas tem capacidade para expansão, se houver demanda para isso. Com as plantas, todo o território nacional é atendido, segundo o diretor comercial.
“Vendemos o biodiesel para distribuidoras e temos uma proximidade com os portos para exportação deste produto”, afirma.
Da matéria-prima ao biodiesel
O diretor comercial conta que a JBS entrou no mercado de biodiesel para aproveitar uma oportunidade para dar destino adequado aos resíduos gerados pela produção dos frigoríficos.
Esses resíduos, como óleos que são gerados, os restos de alimentos e as sobras da produção são as fontes de matéria-prima para um combustível ecologicamente correto e limpo.
“Mas não depende só das nossas fábricas. Nós recolhemos também óleo de fritura, por meio do programa Óleo Amigo, que visa a conscientização da transformação do óleo residual e da destinação adequada dele, nas comunidades onde atuamos”, exemplifica.
O Programa Net Zero da JBS
Até 2040, a JBS firmou um compromisso público global para reduzir as emissões de carbono e garantir alimentos de forma cada vez mais sustentável.
O Programa Net Zero, segundo Alexandre Pereira, é apenas uma consequência dos atos pensados pela própria empresa, de atuar de forma mais sustentável.
“Entramos neste mercado com a intenção de dar destinação adequada para os nossos processos produtivos”, afirma.