Pequenos produtores do Pará avançam na sustentabilidade com apoio dos Escritórios Verdes

Escritórios verdes da JBS em Marabá auxiliam produtores na validação do CAR, regularização ambiental e adoção de práticas sustentáveis, destacando a importância do pagamento por serviços ambientais.

A regularização ambiental é um dos maiores desafios enfrentados pelos pequenos produtores rurais, especialmente na Amazônia, onde o Código Florestal exige que até 80% das propriedades sejam mantidas como reservas legais. Para apoiar essa adequação, iniciativas como os escritórios verdes da JBS estão ganhando destaque no estado do Pará.

Apoio na validação do CAR

Segundo Alini Oliveira, analista de sustentabilidade dos Escritórios Verdes em Marabá, a validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um passo crucial para a conformidade legal das propriedades. “Esse processo envolve verificar se o imóvel rural está adequado ao perímetro, se há sobreposição de terras e se atende ao Código Florestal. Também identificamos áreas que precisam de recomposição ou regeneração e planejamos as ações necessárias”, explicou.

Incentivos para práticas sustentáveis

Outra frente de trabalho dos Escritórios Verdes é viabilizar o acesso ao pagamento por serviços ambientais, parte do projeto Valoriza Territórios Sustentáveis da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. A iniciativa recompensa produtores que promovem a regeneração, recuperação e manutenção de áreas de preservação, oferecendo benefícios econômicos enquanto estimulam a sustentabilidade.

Culturas como aliadas da conservação

A diversificação de culturas sustentáveis, como cacau e açaí, tem se mostrado uma estratégia eficiente para unir conservação e renda. No Pará, produtores podem utilizar cacau na recomposição de áreas de reserva legal, desde que sejam propriedades de até quatro módulos rurais. A produção de açaí também gera retorno econômico, permitindo o uso sustentável de áreas de preservação permanente (APPs).

Um futuro promissor

Os Escritórios Verdes seguem à disposição dos produtores, oferecendo suporte técnico e informações para que avancem na regularização ambiental e nas práticas sustentáveis. “Os produtores já têm muito conhecimento sobre suas atividades. Nosso papel é complementar esse saber com informações técnicas sobre as condições ambientais dos imóveis, para que possam tomar decisões assertivas e legais”, concluiu Alini.