Queimadas atingem mais de 17 milhões de hectares do Brasil; 28% são pastagens
Os outros tipos de vegetação nativa que foram mais afetados pelas queimadas em 2023 foram as formações campestre (19%) e as formações savânicas (18%)
As queimadas no Brasil em 2023 atingiram um total de 17,3 milhões de hectares, um aumento de 6% em relação a 2022. Desse total, 28%, ou 4,8 milhões de hectares, foram pastagens. O levantamento parte do MapBiomas.
Os outros tipos de vegetação nativa que foram mais afetados pelas queimadas em 2023 foram as formações campestre (19%) e as formações savânicas (18%).
As formações campestre são vegetações com predomínio de gramíneas e outras plantas herbáceas, enquanto as formações savânicas são vegetações com árvores distribuídas de forma esparsa e em meio à vegetação herbáceo-arbustiva contínua.
A Amazônia foi o bioma mais afetado pelas queimadas em 2023, com 1,3 milhão de hectares queimados. Já o Pantanal foi o segundo bioma mais afetado, com 102 mil hectares, seguido do Cerrado, com 94 mil hectares.
O Pará foi o estado com maior área queimada em 2023, com 658 mil hectares. O Maranhão foi o segundo estado mais afetado, com 339 mil hectares, seguido de Roraima, com 146 mil hectares.
O que está por trás do aumento nas queimadas?
Segundo o levantamento, o aumento do fenômeno em 2023 foi atribuído a uma combinação de fatores, incluindo o El Niño, que elevou as temperaturas e deixou a Amazônia mais seca. Além disso, devido ao aquecimento global, as chuvas se tornam mais escassas, com um tempo ainda mais quente, o que favorece também o surgimento de fogo nas vegetações.
As queimadas trazem impacto negativo significativo no meio ambiente, pois destroem a vegetação nativa, prejudicam a fauna e a flora e contribuem para o agravamento do aquecimento global. Elas também têm um impacto negativo na economia, pois prejudicam a produção agropecuária e o turismo.