Saiba tudo que pode ser produzido a partir do Nelore
Museu do Zebu mostra a sustentabilidade da raça bovina mais representativa da pecuária nacional
Do boi nada de se perde. O animal vai muito além da carne que vai para a nossa mesa. No processo de produção da carne nos grandes frigoríficos, cerca de 40% do bovino corresponde a osso, sebo, sangue, cartilagem, órgãos, entre outros. Descartar esses materiais no ambiente não seria nada sustentável.
A carcaça do boi quando descartada libera mais de uma tonelada de gás carbônico na atmosfera. Por isso, aproveitar todas as partes do boi também faz parte da pecuária sustentável.
No Museu do Zebu, uma instituição mantida pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba, no Triângulo Mineiro, você pode conhecer um pouco da diversidade de produtos feitos a partir do boi.
O sebo vira matéria prima para a indústria de sabão e detergente, o pelo é usado em pincéis e vassouras e até o sangue é usado na fabricação de ração animal, o casco e o chifre viram adubo, o couro se torna roupas calçados, acessórios, tapetes e ainda pode ser transformado em gelatina.
“Tudo do boi é 100% aproveitado, nada se perde, nada é descartado. Isso contribui para uma pecuária mais sustentável e ainda movimenta a economia e outras indústrias, além da carne”, destacou a vice-presidente da ABCZ, Ana Claudia Mendes Souza.
Muito além dos benefícios ao meio ambiente, o aproveitamento de 100% do boi contribui para a economia do país. O Brasil se tornou, por exemplo, o maior exportador de gelatina do mundo comercializando 24 mil toneladas por ano e movimentando cerca de US$100 milhões.
“É missão da ABCZ promover através dos seus programas de melhoramento genético e programas, uma pecuária produtiva, rentável e sustentável”, reforça a vice-presidente da ABCZ.
Reportagem Elsio Fonseca, ABCZ