Saúde Única: conceito impulsiona restauração florestal e conservação da biodiversidade
O conceito reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e dos ecossistemas, enfatizando a importância de uma abordagem integrada para garantir o bem-estar na região
Um recente artigo publicado por um grupo de instituições de pesquisa, ensino e coletivos da sociedade civil destaca o relevante papel da restauração florestal e conservação da biodiversidade na Amazônia para promover o conceito de Saúde Única.
O conceito reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e dos ecossistemas, enfatizando a importância de uma abordagem integrada para garantir o bem-estar de todas as formas de vida na região.
Aumento da biodiversidade
A restauração florestal e conservação da biodiversidade na Amazônia têm o potencial de aumentar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, como a regulação do clima, a proteção do solo e a manutenção da qualidade da água.
Esses serviços são essenciais para a saúde dos ecossistemas e, por consequência, para o bem-estar humano e animal.
Redução do desmatamento
A extração ilegal de madeira e mineração têm sido associadas ao desmatamento, degradação ambiental e às queimadas na Amazônia.
Esses problemas têm impactos negativos na saúde humana e animal, incluindo problemas respiratórios e o aumento do risco de doenças transmitidas por vetores.
Prevenção de novas doenças
Estima-se que 60% das doenças infecciosas que afetam a humanidade tenham origem zoonótica, ou seja, são transmitidas entre diferentes espécies.
A restauração florestal e a conservação da biodiversidade na Amazônia podem contribuir para prevenir o aparecimento de novas doenças, ao preservar os ecossistemas naturais e reduzir o contato entre espécies que podem transmitir doenças.
Promoção da Saúde Única
A abordagem reconhece que a saúde humana, animal e dos ecossistemas são interdependentes. Na Amazônia, a Saúde Única desempenha um papel importante na prevenção de doenças e na conservação da floresta.
Além disso, contribui para o bem-estar das comunidades locais, que dependem dos recursos naturais da floresta para subsistência.
Melhoria da qualidade de vida
A restauração florestal e a conservação da biodiversidade na Amazônia têm o potencial de melhorar a qualidade de vida das comunidades locais. Elas muitas vezes enfrentam a falta de acesso a um sistema de saúde, saneamento básico e educação de qualidade.
Ao promover esse conceito e preservar os recursos naturais, é possível melhorar o bem-estar dessas comunidades.
Por isso, integrando a saúde humana, animal e dos ecossistemas, ganha destaque no contexto da restauração florestal e conservação da biodiversidade na Amazônia.
A adoção dessa abordagem como elemento de planejamento e implementação de políticas públicas pode impulsionar o desenvolvimento local e regional, além de contribuir para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O Ministério da Saúde desempenha um papel fundamental na promoção desse conceito na região, por meio, por exemplo, de ações de vigilância epidemiológica e controle de zoonoses .