Sensor inteligente identifica e previne incêndios florestais
A startup iNeeds disponibiliza um sensor para identificar e prevenir incêndios florestais. O equipamento avalia diversos indicadores, como temperatura, umidade e pressão do ar, entre outros, e, assim, pode evitar grandes prejuízos sociais, econômicos e ambientais. Pedro Curcio, fundador da iNeeds, ressalta que devido os incêndios acontecerem frequentemente, sejam eles naturais, como a queda de […]
A startup iNeeds disponibiliza um sensor para identificar e prevenir incêndios florestais. O equipamento avalia diversos indicadores, como temperatura, umidade e pressão do ar, entre outros, e, assim, pode evitar grandes prejuízos sociais, econômicos e ambientais.
Pedro Curcio, fundador da iNeeds, ressalta que devido os incêndios acontecerem frequentemente, sejam eles naturais, como a queda de um raio, ou para limpeza de pastos, é extremamente importante tomar iniciativas para que o fogo não se espalhe.
Curcio explica que o DIF, Detector de Incêndios Florestais Ineeds, pode ser programado para conseguir detectar os incêndios florestais durante os estágios iniciais com uso de inteligência artificial.
Tais recursos permitem a identificação de focos de queimada mesmo durante a fase de combustão lenta, nos primeiros minutos, já que monitoram o microclima, medindo temperatura, umidade e pressão do ar.
“O sensor combina a detecção de qualidade do ar e detecção de gás, ele detecta fogo, monóxido de carbono e outros gases no nível de ppm com inteligência artificial integrada para detectar um incêndio de forma confiável e evitar falsos positivos”, conta.
Apesar de 60% dos focos dos incêndios terem acontecido em propriedades privadas, onde há redes de energia, muitas florestas ficam afastadas dos centros urbanos, e o sensor pode ser fundamental nestes casos.
Isso porque o equipamento usa plataformas de comunicação IoT para transmissão de dados sem fio e pode funcionar sem manutenção por anos utilizando inclusive energia limpa, através de painel solar.
“O sensor também pode ser utilizado como sistema de segurança dos mananciais, ajudando a evitar queimadas criminosas, assim como nas propriedades particulares”, afirma o CTO da Ineeds, Luiz Sourient.
Prejuízos com os incêndios florestais
As queimadas trazem grandes prejuízos para o meio ambiente, afetando o ar, solo, água, perda de árvores e provocando a morte de milhares de animais, podendo levar em torno de 50 anos para se regenerar.
Foi o caso do incêndio que acometeu o Pantanal em 2020, segundo Cátia Nunes de Cunha, Professora e pesquisadora associada do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da Universidade Federal de Mato Grosso (PPG-ECB/IB-UFMT).
Entre os anos de 1985 e 2020, o Brasil sofreu com queimadas de grandes proporções, 1 milhão e 600 mil km², representando 20% da área territorial total. Dentro desta porcentagem, 65% dos incêndios aconteceram nos estados de Mato Grosso, Tocantins e Pará, segundo o Projeto MapBiomas, divulgado em agosto de 2021.
A pesquisa ainda aponta que apesar dos biomas Cerrado e Amazônia terem representado 85% das áreas queimadas, o Pantanal foi o que mais sofreu, tendo 57% do território queimado pelo menos uma vez, no mesmo período.