Silvicultura contribui para combater as mudanças climáticas e gerar renda

A silvicultura além de tudo também ajuda a preservar a vegetação nativa

Proteger as florestas é uma das medidas mais urgentes para combater as mudanças climáticas. Isso engloba, também, proteger o solo e recuperar nascentes. No Brasil, o governo instituiu a política nacional para recuperação da vegetação nativa, conhecida como ‘PROVEG‘, em janeiro de 2017.

O objetivo é articular, integrar e promover políticas, programas e ações indutoras da recuperação de florestas e demais formas de vegetação nativa e de impulsionar a regularização ambiental das propriedades rurais brasileiras.

No programa “Planeta Campo”, o engenheiro florestal e gerente de marketing, Ricardo Cassamassimo, discutiu como a silvicultura desempenha um papel fundamental nesse combate às mudanças climáticas e na geração de renda para os produtores rurais.

Com uma extensão que varia de 9 a 10 milhões de hectares de florestas plantadas no Brasil, incluindo espécies como pinus, eucalipto, teca e outras, as empresas do setor têm duas vertentes de atuação.

“Elas produzem florestas para abastecer suas fábricas de celulose e móveis, ao mesmo tempo em que contribuem para a restauração do meio ambiente. Em alguns casos, essa relação chega a ser um para um, ou até mesmo dois para um, onde as empresas restauram áreas de reserva legal, áreas de preservação permanente (APPs) e outras áreas que poderiam ser utilizadas para a produção florestal. Dessa forma, de acordo com o bioma em que atuam, as empresas contribuem para a recuperação do setor florestal no Brasil.” destaca Cassamassimo.

A silvicultura além do papel fundamental no combate às mudanças climáticas também preserva.

“As empresas do setor seguem rigorosamente a legislação ambiental e, na maioria dos casos, possuem certificações internacionais, como o FSC (Forest Stewardship Council). Em muitos casos, essas empresas mantêm duas vezes a área plantada como mata nativa preservada. Isso garante que as reservas legais e as APPs sejam protegidas, contribuindo significativamente para a conservação do meio ambiente. Além disso, o plantio de árvores permite o sequestro de carbono, gerando um saldo positivo para o combate às mudanças climáticas” diz.

O impacto positivo da silvicultura não se restringe apenas à preservação ambiental, mas também se estende à geração de renda para os produtores rurais. Existem diversos programas que envolvem agricultores no setor florestal. Além dos sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta, existem programas de fomento em que as empresas florestais buscam parcerias com os produtores para o cultivo de florestas.

Silvicultura

Foto: Planeta Campo

“Essa iniciativa proporciona uma fonte adicional de renda para os agricultores, diversificando seus ganhos e permitindo a produção de outras culturas além da floresta. Assim, contribui-se não apenas para a renda do produtor, mas também para a restauração ambiental e o desenvolvimento de atividades sustentáveis no campo”.

A silvicultura mostra-se, portanto, uma solução multifacetada, beneficiando tanto o meio ambiente quanto os produtores rurais. Ao combater as mudanças climáticas, preservar áreas naturais e proporcionar renda adicional, o setor florestal desempenha um papel fundamental na construção de um futuro mais sustentável e próspero para o campo brasileiro.