Sistema de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas no Brasil lidera ranking global
Desde 2002, o inpEV lidera um sistema de logística reversa que já destinou corretamente 700 milhões de toneladas de embalagens defensivos agrícolas, contribuindo para a economia circular e redução de emissões de carbono no Brasil.
Marcelo Okamura, diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), destacou o sucesso da logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas no Brasil. Esse sistema, criado em 2002, já deu a destinação correta a mais de 700 mil toneladas de embalagens, evitando a emissão de cerca de 1,5 milhão de toneladas de CO2.
O inpEV organiza e coordena o processo, engajando agricultores, distribuidores, indústrias e o poder público para garantir que as embalagens retornem aos pontos de coleta após o uso. Okamura enfatiza que cada embalagem reciclada contribui diretamente para a redução do consumo de petróleo, água e energia, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a sociedade, com a criação de mais 1.000 empregos diretos no setor.
O Brasil possui uma das legislações mais avançadas do mundo nesse campo, com a Lei 7.802 de 2000, que obriga o retorno de embalagens de defensivos agrícolas. Em 2023, a Lei 14.785 reforçou a importância da logística reversa e está em processo de regulamentação por um novo decreto. “Esse sistema funciona porque todos os elos da cadeia participam e cumprem seus papéis, tornando-o o sistema mais eficiente do mundo em logística reversa para embalagens agrícolas”, explica Okamura.
Ele também menciona o potencial para que outras cadeias produtivas adotem sistemas de logística reversa semelhantes, seguindo o exemplo do setor de defesa agrícola. “Com uma legislação adequada e participação ativa dos setores envolvidos, é possível replicar esse modelo de sucesso”, afirma o diretor-presidente do inpEV.