Parlamento Europeu rejeita proposta de restrição ao uso de pesticidas

Com a rejeição definitiva, qualquer nova proposta precisaria começar do zero após as eleições de junho para os membros do Parlamento Europeu

An agricultural tractor sprays plants with chemicals. Protection of plants by using pesticides. Sunset on the field.
An agricultural tractor sprays plants with chemicals. Protection of plants by using pesticides. Sunset on the field.

O Parlamento Europeu rejeitou na última quinta-feira (21) a proposta de legislação da Comissão Executiva da União Europeia (UE) para restringir o uso de defensivos agrícolas químicos em 50% até 2030 e proibir a utilização desse tipo de produto em áreas como parques públicos e escolas.

A proposta foi rejeitada por 299 votos contra, 207 a favor e 121 abstenções. A votação ocorreu depois de uma série de emendas que enfraqueceram o projeto.

A relatora da proposta, Sarah Wiener, declarou que “a maioria dos membros do Parlamento Europeu colocou os lucros da grande agroindústria acima da saúde das crianças e do planeta”.

Com a rejeição definitiva, qualquer nova proposta precisaria começar do zero após as eleições de junho para os membros do Parlamento Europeu.

A votação ocorreu menos de uma semana após a extensão do uso do herbicida químico glifosato por mais 10 anos no bloco de 27 nações.

O principal grupo agrícola da UE, a Copa-Cogeca, elogiou a rejeição do projeto e pediu um diálogo aprimorado entre os agricultores e as instituições do bloco de 27 nações.

“Não esqueçamos que esta proposta era ideológica desde o início, sem conexão com as realidades da agricultura, propondo transições irreais sem o financiamento necessário”, disse.

Quais os próximos passos para o parlamento europeu?

pesticidas
Foto: Envato

Após a rejeição da proposta, a Comissão Europeia terá que decidir se apresentará uma nova proposta ou se abandonará o projeto.

Se a Comissão decidir apresentar uma nova proposta, ela terá que considerar as preocupações dos parlamentares que votaram contra a proposta original.

Por Estadão Conteúdo