Pecuária pós-pandemia: o que os produtores podem esperar?
Aprimoramento das práticas de produção adotadas durante pandemia permanecerão no futuro
O Brasil e o mundo ainda sentem na pele as consequências da pandemia. O coronavírus impactou diversos setores da economia, menos um: a agropecuária. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 4,1% no ano passado; o da agropecuária cresceu 2%.
Diante do desafio de produzir durante esse período, a cadeia produtiva precisou se adaptar a essa realidade. Para o presidente da FACTA, Ariel Mendes, as exigências sanitárias eram necessárias para a manutenção da produção. “ Distanciamento, ônibus especiais, testagem de pessoas antes de entrar nos frigoríficos. Foram muitas modificações que afetaram, inclusive, as comunidades. Muitas permaneceram após o período de crise”, disse.
Pós pandemia
Para Antonio da Luz, economista do Sistema Farsul, a agropecuária pós pandemia passará por duas situações. “Uma delas é o que está acontecendo no mundo: crescimento do setor com mais consistência, com a taxa de câmbio elevada e a demanda por alimentos crescendo. No Brasil, temos uma taxa de desemprego elevada e uma inflação forte. Isso corrói um pouco o apetite do consumo”, explicou.
Mendes acrescentou que a expectativa é de um aprimoramento das práticas de produção adotadas nesses meses de pandemia. “O setor é reconhecido mundialmente pela qualidade. O consumidor ficou muito antenado com a qualidade do produto.
Sustentabilidade e produção
Os produtores rurais brasileiros, de uma forma geral, já fazem uma produção com nível de sustentabilidade muito elevado. Luz reforça que pessoas que trabalham com ESG vêm ao Brasil com essa finalidade. “Nós já praticamos o casamento entre produção e sustentabilidade há muito tempo. Sabemos que se não preservarmos o meio ambiente, a natureza não vai responder com maior produtividade”, afirmou.
Assista o programa na íntegra: