A estratégia do governo brasileiro para a Cúpula do Clima

A estratégia do governo brasileiro para a Cúpula do Clima

por Pedro Alves Correia Neto (Secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

O histórico do setor agropecuário brasileiro nos últimos 50 anos é notável: passamos de importadores de alimentos para um dos principais players globais em segurança alimentar. Fizemos isso com ciência, inovação e empreendedorismo do produtor rural brasileiro. O Brasil tornou-se um gigante numa agropecuária altamente profissional e com alta performance, e precisamos nos orgulhar disso.

    O compromisso nacional para a economia como um todo é estabelecer um pacto de “convivência climática” positivo: quem convive respeita, faz as relações de troca de forma equilibrada e justa, prezando pela qualidade de vida e sustentabilidade, sem exaurir nossos recursos naturais. O setor agropecuário é protagonista nesse jogo e busca cada vez mais eficiência com representação de entidades junto ao governo, à academia e à comunidade internacional e respeitando um marco regulatório amplo: do código florestal robusto a um conjunto de regras e normas infralegais que vão do manejo a questões trabalhistas. Num contexto global altamente competitivo, precisaremos ser cada vez mais eficientes e transparentes para seguir como player fundamental.

    Na COP 30, o melhor palco para mostrarmos a nossa capacidade, o potencial da agropecuária brasileira será evidenciado em espaços de negociação da “blue zone” e, na “agri zone”, a EMBRAPA, junto de parceiros como a CNA, vai oferecer a oportunidade de uma experiência imersiva no bioma amazônico.