Recorde de exportação: Brasil envia 25 milhões de toneladas de carne bovina em 2023
O país é reconhecido como um dos principais players exportadores de carne bovina mundial
O Brasil exportou um recorde de mais de 25 milhões de toneladas de carne bovina em 2023, representando um aumento de 8,15% em relação a 2022. O destaque está na forma como a carne é produzida, com a rastreabilidade bovina ganhando cada vez mais importância.
“O que importa é como ele foi produzido, o sistema produtivo”, disse Juan Carlos Leblon, superintendente de marketing comercial da Abrafrigo.
“A minha expectativa é justamente que, a maneira como foi feito o produto ganhe agenda e protagonismo; via práticas sustentáveis, como a rastreabilidade.”
Rastreabilidade na cadeia de carne
A rastreabilidade bovina corresponde à capacidade da fazenda em conhecer todo o trajeto da matéria-prima, desde a origem até o produto final, a carne. Procura identificar a origem do animal e seu trajeto desde o nascimento até o abate.
“Fazer o rastreamento do produto é uma necessidade hoje”, afirmou Leblon. “Se você pega qualquer agenda, ela inclui a rastreabilidade, inclui segurança alimentar, inclui informações a respeito de desmatamento e de outros fatores que podem interferir na produção do ponto de vista de quem está comprando seu produto.”
A rastreabilidade traz benefícios para os criadores, como gestão do rebanho e controle sanitário. As cobranças do mercado internacional sobre sustentabilidade têm levado as empresas do setor pecuário a monitorar seus fornecedores com maior assertividade.
“Implementar uma rastreabilidade confiável é uma forma de superar barreiras impostas por outros países”, disse Leblon. “A qualidade do produto, segurança alimentar e equilíbrio ambiental são fatores que contribuem para o sucesso no mercado internacional.”
O Brasil é reconhecido como um dos principais players exportadores de carne bovina. A qualidade do produto aliada à escala de produção posiciona o país como referência no setor.
“A rastreabilidade é um diferencial para o Brasil”, afirmou Leblon. “Ela nos permite atender às exigências do mercado internacional e posicionar o país como um produtor sustentável.”