Biorrefinaria de etanol de milho na Bahia reforça importância do novo combustível
A Bahia é o próximo Estado a receber uma biorrefinaria de etanol de milho, e reforça poder produtivo que o biocombustível tem.
A Bahia é o próximo Estado a receber uma biorrefinaria de etanol de milho. A previsão é que a operação comece no primeiro trimestre de 2025.
As empresas responsáveis não divulgaram o valor dos investimentos em função de um acordo de confidencialidade.
Com a construção da nova usina, o Brasil reforça que o biocombustível está em alta e é mais uma alternativa para que o país não dependa dos combustíveis fósseis.
A biorrefinaria de etanol de milho da Bahia em números
- Moagem de 1.700 toneladas de milho por dia
- Produção de 260 milhões de litros de etanol anidro por ano
- Fabricação de 9 mil toneladas de óleo
- Fabricação de 185 mil toneladas de farelo de milho e DDG (grãos da destilaria comuns para complementar a dieta dos bovinos)
A produção de etanol de milho no Brasil
A ideia de criar a biorrefinaria na Bahia é para ampliar ainda mais o cenário nacional da produção de etanol de milho.
A principal região produtora hoje é a Centro-Sul, com maior concentração em Mato Grosso, responsável por 87% da produção.
Depois, aparecem Goiás, com cinco usinas, e Paraná e São Paulo, com uma indústria cada um.
“É uma produção muito sofisticada, com muita rentabilidade. Então, ela complementa muito bem a renda do produtor. O etanol de milho é uma parte muito importante no crescimento da matriz energética do Brasil”, afirma Ana Loureiro, gerente de desenvolvimento de negócios na Argus Media.
Como é feito o etanol de milho?
“Você tem o milho que é produzido, e nele há uma porção de amido, que é um açúcar complexo. Do processo industrial existe o processamento desse milho, após a moagem, com etapas onde é feita liquefação, convertendo esse açúcar para um tipo que pode ser fermentado”, explica Bruno Menezes Pereira, gerente de marketing de bioenergia da Novozymes.
É na fermentação que é adicionada uma levedura, que faz o processo em si e converte o açúcar em etanol.
Nessa mesma etapa, é produzida também o óleo de milho e os grãos de destilaria (DDG), que podem ser comercializados como itens da dieta de bovinos.