O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciou pelo Oeste da Bahia a implantação do programa Caminho Verde Brasil, que tem como meta recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas nos próximos 10 anos por meio de sistemas produtivos de baixo carbono, integração lavoura-pecuária-floresta e certificação ambiental.
A região, reconhecida como modelo nacional em agricultura sustentável, foi a primeira do país a receber as diretrizes da iniciativa. O lançamento ocorreu em Luís Eduardo Magalhães, Bahia, com a presença de lideranças do agro e de entidades que integram a Aliança do Agro.
Segundo o assessor especial do Mapa, Carlos Augustin, o programa já conta com aporte inicial bilionário e dez bancos credenciados para oferecer linhas de crédito voltadas à transição sustentável. “O produtor que adotar práticas de carbono neutro, desmatamento zero e certificação trabalhista terá acesso a mercados mais competitivos e com valor agregado”, afirmou.
O Cerrado será o principal bioma contemplado, com mais de R$ 17 bilhões destinados à recuperação de áreas. A Bahia foi escolhida como ponto de partida devido ao histórico de gestão hídrica, preservação de APPs e uso de tecnologias conservacionistas.
A proposta do governo federal é posicionar o Brasil como líder mundial na produção de alimentos sustentáveis, garantindo rastreabilidade e diferenciação de preço nos mercados compradores.
Entre as exigências do programa estão balanço anual de carbono, certificação ambiental, monitoramento territorial e produção de baixo ou carbono zero. Para os produtores, a adesão representa oportunidade de acesso a novos selos internacionais e reconhecimento como agentes de preservação ambiental.
