Como o pecuarista pantaneiro pode gerar créditos de carbono na produção de carne?
Os créditos de carbono nesse tipo de proposta podem gerar até 600 reais por hectare ao ano para o pecuarista
No quadro Pecuária Sustentável na Prática de hoje, o Planeta Campo recebeu o diretor da Radicle Brazil Roberto Strumpf. O tema da vez foi como o pecuarista pantaneiro pode gerar créditos de carbono na produção de carne realizada no bioma.
De acordo com Strumpf , a questão fundiária e a quantidade de vegetação nativa na região são dois fatores que chamam atenção.
“Ao contrário de regiões como a Amazônia, o Pantanal é mais tranquilo com em relação aos fundiários. Além disso, tem gramíneas nativas, áreas de savanas e florestas com uma quantidade substancial de carbono por hectare. Essas duas características são algumas das quais a gente utilizou para direcionar os nossos esforços a trazer uma segunda fonte de renda para o pecuarista pantaneiro,” destaca.
Dessa forma, o produtor pantaneiro pode ter uma segunda fonte de renda dentro de sua propriedade.
“Um dos nossos objetivos é fortalecer essa pecuária dita tradicional, dando a ela uma segunda fonte de renda, que seria o crédito de carbono da fita ou fisionomia ou seu termo técnico. A gente quer que a floresta em pé valha dinheiro para que a intensificação na produção, em especial na época das chuvas, se dê através de práticas de tecnologias já reconhecidas, já dominadas e de melhoria das pastagens”, disse.
De acordo com ele o investimento nesse tipo de proposta pode gerar até 600 reais por hectare ao ano ao pecuarista.
“A gente vê que dá pra gerar de 100 a 600 reais por hectare por ano, adicionais à pecuária, né? Durante o período de 20 a 30 anos. Então seria como um investimento em renda fixa, digamos assim, ao pecuarista. Uma garantia de longo prazo, um valor que a gente sabe que em alguns casos é inferior ao que a pecuária rende, em outros casos, consegue empatar, finaliza”.
Por Guilherme Nannini com informações da Radicle Brazil