CONTRIBUIÇÃO

Produtores preservam 29% da vegetação nativa do país, revela Embrapa

Levantamento Embrapa revela avanço sustentável do agronegócio, com aumento da produção sobre áreas recuperadas e preservação de 65,6% do território nacional com vegetação nativa

Embrapa; floresta
Foto: Pixabay

Um novo levantamento da Embrapa Territorial revela que o agronegócio brasileiro segue ampliando sua produção sem necessidade de abrir novas áreas para cultivo ou pecuária.

O estudo, apresentado nesta segunda-feira (10) durante a COP30, em Belém, no Pará, mostra que 65,6% do território nacional é destinado a áreas de vegetação nativa, índice que reforça a combinação entre produtividade e preservação ambiental no campo.

A pesquisa atualiza dados divulgados em 2018 e 2021 e utilizou imagens de satélites mais modernos para mapear o uso e a ocupação das terras no Brasil.

Segundo o levantamento, 31,3% do território é ocupado por atividades agropecuárias, número que cresceu levemente em relação aos estudos anteriores, mas sem avanço sobre novas áreas. O aumento ocorreu, principalmente, sobre pastagens degradadas que foram recuperadas para uso produtivo.

Outro destaque do estudo é a contribuição direta das propriedades rurais para a conservação ambiental. Elas respondem por 29% de toda a vegetação nativa preservada no país, superando inclusive a área protegida pelo estado.

Na Amazônia, o equilíbrio entre produção e preservação é ainda mais evidente. De acordo com a Embrapa, para cada hectare utilizado na produção agrícola, os produtores da região mantêm seis hectares conservados.

Os dados reforçam a importância do papel do produtor rural brasileiro na manutenção dos biomas e na sustentabilidade do agronegócio. A apresentação do estudo ocorreu no estande do Sistema CNA/Senar, durante a programação oficial da COP30, que discute temas como inteligência artificial, gestão de recursos hídricos e adaptação das cidades às mudanças climáticas.