Você sabe o quanto a pecuária brasileira evoluiu nos últimos 50 anos?
Uma das maiores mudanças na pecuária do país, foi a introdução do melhoramento genético
A pecuária brasileira evoluiu significativamente nos últimos 50 anos, com ganhos em qualidade da carne, redução do tempo para o abate e aumento da eficiência produtiva.
Essas mudanças foram impulsionadas por diversos fatores, incluindo mudanças no manejo, nutrição, sanidade, bem-estar e, principalmente, pelo melhoramento genético.
Mudanças na pecuária
Animais geneticamente melhorados apresentam ganhos mais rápidos de peso, antecipando o período de abate. Isso não apenas otimiza a eficiência do produtor, mas também auxilia na proteção ao meio ambiente.
De acordo com Eduardo Coelho, diretor da Genética Aditiva, no Brasil, a média de abate de bovinos era de quatro anos há algumas décadas. Hoje, ela está abaixo de três anos. A Genética Aditiva abate todos os animais machos abaixo de dois anos, o que reduz significativamente as emissões de metano.
O especialista também destaca, além da genética, a importância de medir a eficiência alimentar dos animais.
“Com esse cálculo, é possível identificar os animais que consomem menos para ganhar peso. Isso tem um grande impacto econômico, pois o alimento é o maior custo de produção na pecuária. Também tem um impacto ambiental, pois permite que mais animais sejam criados na mesma área”.
Outro fator importante no melhoramento genético é a redução do intervalo de geração. O intervalo de geração é o tempo decorrido entre o nascimento do animal e de sua descendência.
“Em bovinos, esse intervalo é relativamente longo. A Genética Aditiva, no entanto, desenvolveu técnicas que permitem reduzir esse intervalo, o que acelera o progresso genético”.
Ao lado do melhoramento genético, o manejo das pastagens também é fundamental para uma pecuária sustentável. Pastagens bem manejadas são mais produtivas e resilientes, o que contribui para a conservação do meio ambiente.
No geral, o melhoramento genético é uma ferramenta poderosa para impulsionar a sustentabilidade na pecuária.
“Ao melhorar características produtivas e otimizar a eficiência, essa prática não apenas beneficia os produtores, mas também contribui para uma produção pecuária mais equilibrada e ambientalmente consciente”, finaliza.