Proposta de rastreabilidade individual prevê adesão voluntária e com prazo de 8 anos para adaptação

O único investimento que o produtor precisará fazer para obter a rastreabilidade é a aquisição dos elementos de identificação individual

Proposta de rastreabilidade individual prevê adesão voluntária e com prazo de 8 anos para adaptação

Após o posicionamento do Ministério da Agricultura e Pecuária sobre a implantação da rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos no país, a CNA apresentou na última terça-feira (18), à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, a proposta de um sistema voluntário e com prazo mínimo de 8 anos para adaptação dos produtores rurais.

A proposta apresentada pela Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA foi construída ao longo de um ano e meio pelas federações estaduais de agricultura e pecuária e pelas principais entidades do setor que fazem parte do colegiado.

“O Mapa deixou claro que implantará a rastreabilidade individual. Com o entendimento de que isso é um caminho sem volta, nós da CNA decidimos fazer uma proposta baseada nas necessidades do pecuarista para que seja de fácil implantação, com tempo suficiente, adesão voluntária e que tenha seus custos reduzidos ao máximo”, afirmou o presidente da Comissão, Francisco Olavo Pugliesi de Castro.

Segundo ele, o pecuarista é o ator principal e se ele não visualizar qualquer benefício, sua adesão fica prejudicada afetando toda a cadeia.

Rastreabilidade

A proposta apresentada pela CNA contempla, entre outros, três pontos fundamentais. A adesão dos produtores deve ser voluntária; os pecuaristas devem ter um prazo mínimo de oito anos para se adaptar; e a gestão e o controle da distribuição da numeração oficial e o banco de dados ficarão a cargo da CNA e não estarão disponíveis de forma pública.

“Nós temos tecnologias suficientes para facilitar essa adesão. As novas ferramentas que surgem diariamente estão chegando para ajudar o pecuarista no manejo produtivo e na operação”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA.

A rastreabilidade individual é a base para os protocolos privados e, de acordo com Francisco de Castro, o único investimento que o produtor precisará fazer é a aquisição dos elementos de identificação individual. A proposta prevê a inserção das informações dos animais no sistema gratuitamente.

“Entendemos que obrigar o produtor a aderir a rastreabilidade não é algo que irá atraí-lo a querer utilizar esse sistema. Por isso nós propusemos aos pecuaristas que fizessem isso de forma voluntária e com um prazo de pelo menos oito anos, deixando com que ele se adapte a esse mercado”, comenta Castro.

Próximos passos

Agora que a proposta foi entregue, os integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina do Mapa têm até o dia 15 de maio para sugerir melhorias e ajustes, que serão validados na reunião ordinária da Câmara Setorial no dia 30 de maio. Posteriormente, a proposta será protocolada no Ministério da Agricultura.