Saiba como funciona o Pagamento por Serviços Ambientais

No ano passado passou a vigorar a Lei que instituiu a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, o que facilitou o acesso de produtores rurais ao benefício.

Image of pile of coins with plant on top for business, saving, growth, economic concept
Image of pile of coins with plant on top for business, saving, growth, economic concept

Um forma de remunerar os produtores rurais pelos serviços ambientais de suas propriedades e que geram benefícios a todos, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) ainda é motivo de desconhecimento e muitas dúvidas no setor.

De acordo com a advogada a especialista em meio ambiente, Luiza de Araujo Furiatti, durante entrevista ao Planeta Campo, o PSA começa com a realização de um projeto.

serviços ambientais

“O primeiro passo é fazer projeto para identificar quais os potenciais da propriedade, quais áreas poderão receber investimentos como reflorestamento, melhoria de conservação de água. A partir desse projeto é que saberemos como esse produtor vai poder receber a remuneração extra”, explicou.

PNPSA

Após longa tramitação, em 2021, finalmente entrou em vigor uma lei que instituiu a Política de Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA), o que tornou o benefício mais acessível.

Atualmente, existem 65 tipos de serviços do PSA, no entanto os mais comuns e com melhor aceitação são os de crédito de  carbono, água e biodiversidade. E ainda é possível utilizar uma mesma área com os três tipos de crédito.

Para realizar o diagnóstico é preciso procurar um engenheiro ambiental ou florestal que irá apontar quais áreas poderão dar o retorno financeiro.

Brasil pioneiro ambiental

No Brasil, o retorno financeiro sobre atividades de preservação do meio ambiente já é uma realidade desde 2005, demonstrando o pioneirismo brasileiro no tema. O primeiro projeto é de Minas Gerais, do município de Extrema, é chamado Cultivando Água Boa. Nele é realizado o reflorestamento de nascentes, o que melhora a água da região.

Existe ainda, um projeto da Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA), Produtor de Água, onde são identificadas áreas de recursos hídricos que possam ser elegíveis para o projeto.

“O número de projetos tem aumentado o que mostra o interesse do produto e sobretudo o reconhecimento que se tem por ele, que tanto faz pelo meio ambiente”, conclui a especialista.