CLIMA

Setembro de 2025 foi o terceiro mais quente da história, alerta Copernicus

Relatório europeu mostra aumento de 1,47 ºC em relação ao período pré-industrial e preocupa especialistas

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Foto: Pixabay

Mesmo com o La Niña em atuação — fenômeno que costuma provocar resfriamento em parte da América do Sul —, o planeta voltou a esquentar, indicando uma tendência de aquecimento contínuo nos próximos anos. Em 2023, esse mesmo fenômeno contribuiu para quebras de safra de soja em áreas do Centro-Oeste brasileiro, enquanto 2024 terminou como o segundo ano mais quente da história, atrás apenas do recorde anterior.

De acordo com Müller, áreas do Pacífico Equatorial ainda exibem águas mais frias, mas o restante do oceano segue anormalmente aquecido, o que mantém alta a temperatura média global. Esse padrão preocupa os cientistas, pois sugere mais eventos extremos de calor e chuvas irregulares nos próximos anos.

No campo, o alerta é claro: mudanças climáticas podem afetar a produtividade das lavouras. “O futuro da agricultura depende de sustentabilidade e tecnologia”, reforça o meteorologista.

Os dados do Copernicus mostram que o aquecimento global segue acelerado, mesmo diante de fenômenos naturais que deveriam amenizar o calor. O cenário reforça a importância de políticas climáticas e ações individuais em consonância com o Acordo de Paris, voltadas para conter o avanço das temperaturas.

O impacto já é visível em várias partes do mundo: no Japão, os termômetros chegaram a 43 ºC em setembro, evidenciando extremos climáticos cada vez mais frequentes, com efeitos diretos sobre a agricultura e a saúde da população.

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