Recuperação de terras degradadas pode gerar R$ 40 bilhões ao país
Pronasolos deve mapear 30% da área do país nos próximos 10 anos, chegando a 100% em três décadas
Desde 2015, o Brasil tem o Programa Nacional de Solos (PronaSolos) para investigar e promover a recuperação dos solos em território nacional. O projeto tem apenas 5% de área mapeada, mas pretende aumentar esse contingente para 30% nos próximos 10 anos, o que ajudará a viabilizar a recuperação de áreas degradadas e gerar R$ 40 bilhões ao país por meio do mercado de créditos de carbono.
O projeto precisa se expandir para ser mais útil aos produtores rurais. “Nós temos hoje um conhecimento muito escasso, em torno de 8,6% numa escala bastante ampla, isso realmente dificulta muito na hora do produtor rural tomar uma decisão”, disse Luiz Fernando Leite, coordenador de conservação de solo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em participação no programa Planeta Campo.
A intenção do projeto é ter informações precisas do solo de todo o território nacional nas próximas três décadas. “Os Estados Unidos já fazem esse trabalho de levantamento de classificação dos solos desde 1986 e o Brasil demorou muito a acordar com relação a isso. A partir do PronaSolos e com conhecimento maior sobre os solos brasileiros, a ideia é que a gente possa em 30 anos mapear 100% do nosso solos”, afirmou Luiz Fernando Leite.
O coordenador do Mapa também explicou como o Pronasolos irá contribuir com a sustentabilidade do setor e com a produtividade dos produtores. “A gente vai ter um grande subsídio em termos de informações relativas ao solo, porque a partir dele que todo o processo produtivo se inicia. Então com as informações que nós teremos será possível o produtor fazer o seu planejamento rural, será possível nós termos estratégias conservacionistas com foco na agricultura sustentável, será possível também utilizar o programa como uma fonte importante no que se refere ao seguro agrícola, ao crédito rural”.
Confira a entrevista completa com Luiz Fernando Leite no programa Planeta Campo: