Bioinsumos: estratégia para aumentar produtividade e reduzir impactos ambientais

A busca pelo sustentável é crescente em todos os setores da economia e pode ser implementada de diferentes formas, uma delas é através de bioinsumos. Por definição, são produtos feitos a partir de microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais e utilizados nos sistemas de cultivo agrícola para combater pragas e doenças ou para melhorar a fertilidade do solo e a disponibilidade de nutrientes para as plantas. 

Por apresentar baixa toxicidade e ser biodegradável, esse tipo de insumo promove a agricultura sustentável e reduz os impactos em comparação com os agroquímicos comuns. São vários os tipos como:  os agentes biológicos de controle, os bioestimulantes, os biofertilizantes, os condicionadores biológicos de ambientes e os inoculantes biológicos. 

Números

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) desenvolveu o programa nacional de bioinsumos, com objetivo de oferecer insumos biológicos, oferecer suporte técnico e fomentar pesquisas sobre a implantação desse manejo sustentável nas lavouras. Além disso, o programa tem o intuito de acelerar a criação de normas reguladoras para incentivar o surgimento de novas empresas no setor. A Embrapa dispõe de 600 pesquisadores que atuam em frentes direcionadas ao controle biológico de pragas e ao desenvolvimento de inoculantes para a fertilização do solo.

Exemplo

O produtor rural Edwin Montenegro começou a usar bioinsumos em 2017, depois de visitar uma fazenda sustentável em  Goiás. Localizada na região de Bocaina, interior de São Paulo, em sua propriedade cultiva macadâmia e café. Percebeu os resultados positivos do uso dos insumos no bolso e no solo. “Existe um aspecto de utilização de insumos, seja pelo bem da planta ou pela  nutrição, mas também por uma questão de custo. Isso porque a  gente consegue administrar melhor o custo de produção utilizando bioinsumos”, explicou. 

Bioinsumos são cepas elaboradas em laboratório e comercializadas para o produtor com foco em  biofertilizante ou para controle de pragas. “É como se você tivesse comprando a matriz do produto e, a partir daí, você usa uma quantidade muito menor desse produto para toda a área.  Existe uma multiplicação desse produto dentro da propriedade E isso tem uma redução de custo”, disse. 

Além  de serem biodegradáveis e apresentarem  baixa toxicidade, promovem a agricultura sustentável. Para o Edwin, os produtos reúnem tudo o que ele espera de uma produção. “Eu acredito que ele reúne os três pilares de sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Protege o meio ambiente, promove uma condição de economia de custo operacional e traz um aspecto social, porque a gente está produzindo com mais nutrientes para planta”, completou.