Estufa de vidro com tecnologia holandesa reduz em até cinco vezes o uso da água
O uso da água é reduzido em cinco vezes e acontece a partir de reservatórios que coletam água da chuva.
“Quando nós começamos esse projeto aqui no Brasil, procuramos um lugar que suprisse nossas necessidades: clima, diferença de temperaturas dia e noite, altitude, 1400 metros nós achamos o clima mais certo para produzir tomates”, justificou a engenheira agrônoma Tatiana Kouwenhoven.
Ela e o marido, Arjan Kouwenhoven, escolheram o platô de Poços de Caldas, com 1.350 metros de altitude acima do nível do mar, para a instalação de uma estufa de vidro. Estrutura onde são produzidos, mensalmente, 100 mil quilos de tomates por mês em 1 hectare e meio. A ideia surgiu após uma visita ao país. “Nós vimos que a qualidade do tomate pode melhorar. vimos desafios por tomates mellhores”, detalhou Arjan.
Mas afinal, o que faz essa estufa ser tão especial? A resposta começa pela estrutura de vidro. O engenheiro Kassius Augusto da Rosa explica que a passagem de luz solar pelo vidro é maior. “O vidro traz muitas vantagens. Nele, há uma transmissão maior de luz do que no plástico. Isso vai gerar uma produção maior também”, afirmou.Um outro fator é a barreira com o ambiente externo. “Se lá fora está uma temperatura muito baixa, ou se tem uma infestação de insetos, por exemplo, a gente tem uma barreira mais forte contra isso”, disse
Os computadores monitoram as plantas dia e noite. Outro processo que chama atenção é a irrigação. O uso da água é reduzido em cinco vezes e acontece a partir de reservatórios que coletam água da chuva. “Por meio da irrigação, a gente consegue fornecer nutrientes o fertilizante da planta. Essa irrigação é toda reaproveitada. Então, no dia normal, a gente dá em torno de 15 a 25 ciclos de irrigação por dia; Cada ciclo vai levar uns 200 ml para planta, a cada 20 minutos. O excedente retorna para gente a gente vai aproveitar e colocar de novo na irrigação em outros ciclos em outros dias”, comentou.
Além da irrigação, há outros manejos sustentáveis até no controle das pragas. O agrônomo reforça que na estufa, é utilizado manejo integrado. Não é aplicado agrotóxico na produção. “Utilizamos fungos que nos ajudam”, falou.
Ainda de acordo com o agrônomo, a boa produtividade é justificada pela combinação de dois fatores principais: produção com alto controle e conhecimento. “Eu posso dizer que a nossa produção é muito sustentável. O fato da gente não perder nada do que entra, toda a água que usamos vai para a planta e retorna para o processo. É tudo automático e sustentável `, completou.
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