Centro de Pesquisa avalia impacto do sombreamento na produtividade de bovinos confinados

Centro de Inovação da Campanelli (CIC), em Altair, no interior de São Paulo, é o maior da América Latina e um dos maiores do Mundo; Local está em operação desde 2019

Centro de Pesquisa avalia impacto do sombreamento na produtividade de bovinos confinados

O Centro de Inovação da Campanelli (CIC) tem se destacado como uma referência global em pesquisa e desenvolvimento na pecuária de corte. Desde sua inauguração em novembro de 2019, em Altair (SP), o centro se firmou como o maior do gênero na América Latina e um dos maiores do mundo, integrando ciência e prática diária da pecuária para promover sustentabilidade e inovação.

O centro abriga cerca de 3.600 animais confinados e já desenvolveu 13 experimentos voltados para aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção. A principal motivação por trás dessa iniciativa é testar tecnologias e práticas no cenário real de produção da Campanelli, garantindo que as inovações tenham um retorno positivo sobre o investimento.

“Para saber se uma tecnologia funciona, precisamos testá-la na nossa realidade. No final do dia, toda tecnologia implementada deve ou aumentar a receita ou reduzir os custos”, explica Pedro Terencio, diretor executivo da Campanelli S.A.

 

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Estudo avalia impacto do sombreamento na produtividade dos bovinos – Foto: Reprodução

Confinamento com cobertura

Um dos experimentos de destaque no centro é a avaliação do impacto do sombreamento na produtividade dos bovinos. Dos 64 currais, metade é exposta ao sol e a outra metade é protegida pela sombra. O local também conta com o sistema de Intergado para monitorar a frequência de visitas dos bovinos aos cochos e o ganho de peso de cada animal. Os resultados indicam que, durante o verão, os animais mantidos à sombra apresentam um desempenho superior comparado aos mantidos ao sol.

“Observamos que durante o verão, os animais confinados à sombra tiveram um desempenho superior àqueles ao sol. Além disso, o consumo de água dos animais mantidos à sombra foi inferior aos mantidos ao sol, representando uma economia hídrica significativa para o nível de confinamento”, destaca a pesquisadora do CIC Jéssica Gusmão.

 

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Jéssica Gusmão é pesquisadora responsável pelo CIC – Foto: Reprodução

Parâmetros climáticos

Outro instrumento importante do centro é a estação meteorológica, que monitora variáveis climáticas como temperatura, quantidade de chuva, velocidade do vento e até o nível de radiação solar. Esses dados são vitais para entender como o clima afeta o comportamento e o rendimento dos bovinos. As informações coletadas são cruzadas com os dados de desempenho dos animais, permitindo inferências sobre o impacto das condições climáticas no consumo e no bem-estar dos animais.

“Com os dados climáticos, conseguimos inferir o impacto da alta radiação sobre o consumo dos animais. Essas informações são cruciais para ajustar as práticas de manejo e garantir o bem-estar dos bovinos, reforça a pesquisadora.

Além de melhorar a produtividade e a eficiência hídrica, o centro de inovação também foca em reduzir as emissões de metano e a pegada de carbono da produção bovina. Estudos e pesquisas desempenham um papel fundamental no desenvolvimento contínuo do agronegócio, abrindo novos horizontes em termos de sustentabilidade e inovação.

“Estamos nos aprofundando em áreas de pesquisa que buscam reduzir a emissão de metano e a pegada de carbono no nosso sistema produtivo. Também estamos trabalhando para diminuir o consumo de água por quilo de carne produzido.” complementa Pedro Terencio.

Com foco em produtividade, sustentabilidade e inovação, o centro se posiciona na vanguarda do agronegócio, oferecendo soluções práticas e economicamente viáveis para os desafios atuais da produção bovina, tanto para serem aplicadas em sua produção, como também para colaborar com toda a cadeia produtiva da pecuária.