CNA apresenta ao governo propostas para a COP27
Encontro discutiu propostas da Confederação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a COP27, que ocorre em novembro no Egito
A Confederação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apresentou ontem, em evento online, algumas propostas para as negociações do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022, a COP27, que começa dia 6 de novembro no Egito.
Compromissos
Algumas das recomendações do setor agropecuário apresentadas no documento elaborado pela entidade abordam temas como:
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Adoção de um plano de ação para agricultura,
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Operacionalização dos mecanismos de mercado de carbono,
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Desenvolvimento de mecanismos focados em adaptação,
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Definição de uma nova meta quantificada de financiamento climático
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Recomendações de ordem geral aos negociadores brasileiros.
Expectativas para a COP27
O presidente do CNA falou das expectativas para a conferência. “Esperamos que a COP27 seja lembrada pela implementação dos seus instrumentos para alcance das metas propostas pelos países” disse João Martins, presidente da entidade.
O documento foi entregue aos Ministros da Agricultura, Marcos Montes, do meio ambiente, Joaquim Leite, e das relações exteriores, Carlos França.
A promessa firmada pelos países desenvolvidos é de um aporte de 100 bilhões de dólares que seriam desembolsados a partir de 2020, o que não estaria sendo cumprido.
Maior participação brasileira nas COPs
Em contrapartida, Joaquim Leite prometeu que o Brasil terá nesta edição o maior espaço dedicado ao país de todas as COPs. O ministro também enfatizou o trabalho que o agro nacional vem fazendo em prol do meio ambiente.
“O Brasil tem o agronegócio convencional mais regenerativo do mundo. Isso significa que toda vez que a gente bate um recorde de produção, nós melhoramos o solo fixando carbono nele e retirando da atmosfera. Isso é uma ferramenta para combater o grande desafio que é a mudança climática e buscar uma economia neutra em emissões até 2050”, comenta Joaquim Leite.
O Ministro da Agricultura lembrou que o Brasil é o país que mais produz e protege o meio ambiente ao mesmo tempo. Para ele, o país tem um papel de evidência nas questões climáticas e no combate à fome. “Teremos a complexa missão de falar de gases de efeito estufa e segurança alimentar. Acho que esse é o ponto em que o Brasil pode vencer essa narrativa”, diz Marcos Montes.