Impressão digital em focinhos permite rastrear bovinos via aplicativo de celular
A rastreabilidade bovina é uma alternativa para auxiliar pecuaristas a ter um melhor controle e identificação de cada boi. Esse método faz a identificação individual e registra cada eventualidade que cada boi passa por toda a sua vida, de modo que o dono do gado tenha um gerenciamento rígido e eficaz tanto para compra como para venda.
A rastreabilidade bovina é uma alternativa para auxiliar pecuaristas a ter um melhor controle e identificação de cada boi. Esse método faz a identificação individual e registra cada eventualidade que cada boi passa por toda a sua vida, de modo que o dono do gado tenha um gerenciamento rígido e eficaz tanto para compra como para venda.
Atualmente, esse controle individual está restrito a menos de 5% do rebanho nacional. Mas em breve deverá ganhar um estímulo a mais pois a agritech Databoi lançou um aplicativo gratuito que permite identificar os animais com 93% de assertividade apenas com uma foto do focinho.
O Planeta Campo entrevistou Floriano Varejão, CEO da Databoi, no quadro Pecuária Sustentável na Prática, realizado em parceria com o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), para entender os detalhes da iniciativa. Segundo o executivo, a partir do aplicativo é possível gerar métricas sobre ganho médio de peso e a produtividade do rebanho, o aplicativo de celular tem como objetivo criar um marketplace de gado 100% rastreável e já está sendo testado por seguradoras e frigoríficos.
“A seguradora e o frigorífico pagam de acordo com o número de chamadas na nossa aplicação, ou seja, o número de animais identificados ou de comparação de templates. E, para o pecuarista, a gente tem um plano de, pelo menos por algum tempo, não cobrar nada justamente para incentivar e fazer com que essa transformação cultural possa ocorrer de forma mais rápida”, conta Floriano.
O executivo ainda disse que, como os leitores biométricos de agências bancárias ou bancos digitais, o aplicativo usa algoritmos para escanear o focinho dos bois e vacas, que possuem marcações únicas e permanentes semelhantes à impressão digital dos dedos humanos.
“A pesquisa sobre o focinho como marcador biométrico vem do início do século passado. E nos últimos cinco ou seis anos começaram a surgir pesquisas ao redor do mundo sobre a possibilidade de usar esse marcador usando inteligência computacional para conseguir treinar um robô que conseguisse identificar um padrão e generalizar isso criando um template biométrico de cada animal”,explicou.
Assista ao quadro Pecuária Sustentável na Prática na íntegra: