Edital para impulsionar projetos inovadores em agricultura e pecuária segue com inscrições abertas
Objetivo é financiar iniciativas de agricultura regenerativa, circularidade e energias renováveis em três cadeias produtivas: cacau, café e leite
Vivemos hoje uma emergência climática. sabemos que para minimizar o aquecimento global é preciso reduzir a emissão de gases de efeito estufa, que também depende da preservação das florestas e da recuperação de solos degradados. São ações interligadas. Mas como solucionar esses desafios? O agro é apontado por cientistas e pesquisadores como parte fundamental da solução para essas questões que acontecem no planeta.
Pensando nisso, empresas públicas e privadas se uniram e lançaram um edital voltado para financiar iniciativas e tecnologias inovadoras no setor do agronegócio. O aporte será de R$ 6.25 milhões, sendo R$ 5 milhões da Nestlé e R$ 1.25 milhão do Senai.
“A gente quer ouvir o que o ecossistema tem a agregar. De fato a gente está nesta jornada colaborativa, a gente tem certeza disso na Nestlé. O futuro é colaborativo. A gente não vai resolver esses problemas complexos, principalmente os de ESG, sozinhos. A gente precisa de colaboração, a gente precisa cocriar e a gente viu no Senai um parceiro perfeito para ajudar a gente a se conectar. A gente espera muito que as alianças que chegarem a partir do Senai brotem projetos que possam ser escalados e de fato impactem esses desafios já mapeados”, destacou Carolina Falcoski, gerente de Open Innovation da Nestlé Brasil.
O desafio é propor ações com o tema: “Inovação em alimentos: Transformando o futuro do sistema alimentar”. As inscrições estão abertas até o dia 12 de abril.
“O nosso edital está pautado em três principais pilares de desafios. Cada um tem a sua característica. A gente tem desafios de agricultura regenerativa, nas nossas três principais cadeias, que são leite, cacau e café. Para cada uma delas a gente tem desafios específicos. Como segundo pilar a gente tem circularidade, ou seja, como que a gente busca soluções, principalmente de infraestrutura, para ajudar que os materiais sejam mais reciclados e a gente consiga escalar e levar um maior volume de materiais para essa prática. E por fim tem o pilar das energias renováveis que sim a gente está buscando fazer uma transição energética de uma forma mais sustentável”, detalhou Carolina.
Quem pode participar?
Podem participar instituições científicas, tecnológicas e de inovação, universidades públicas ou privadas, empresas da cadeia de valor do setor de alimentos e bebidas, pequenas e médias empresas, startups, empresas de base tecnológica e agências de fomento para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, apresentando propostas para transformar o agronegócio brasileiro. E como vai acontecer a transferência de tecnologia para os produtores?
“Isso vai depender de cada projeto. Como uma das vertentes é a agricultura regenerativa, os projetos que estão enquadrados nesta vertente vão ter que justamente pensar nessas soluções, identificar como seriam essas inovações e como seria essa transferência. E a partir do momento que elas forem selecionadas, vai ser um acordo com a Nestlé de como vai ser essa relação com os agricultores”, explicou a coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação no Senai PR, Gleiciane Fernanda de Carvalho Blanc.
Essa iniciativa demonstra o quanto a inovação é importante para o desenvolvimento sustentável no agronegócio brasileiro. A tecnologia pode impulsionar a transformação do setor fortalecendo a competitividade, a resiliência e a responsabilidade ambiental das cadeias produtivas agrícolas.
“Esse incentivo que o edital traz ele permite que projetos que estejam na gaveta, que tenham sido pensados e que não tiveram oportunidades anteriores sejam trazidos a tona e sejam elevados para soluções, aplicados realmente em um universo de indústria, de realidade natural, na emergência ambiental que a gente está falando e que traga resultados palpáveis”, conclui Gleiciane.