‘Soja brasileira é a mais sustentável do mundo’, diz COO da UPL
Nesta terça-feira foi realizado o primeiro Fórum Soja Baixo Carbono para apresentar os avanços no desenvolvimento da certificação do grão
A Embrapa Soja realizou durante a Expolondrina 2023 nesta terça-feira (12), o primeiro Fórum Soja Baixo Carbono que reuniu representantes do setor produtivo da soja. O evento apresentou os avanços no desenvolvimento da certificação da soja com baixa emissão de gases de efeito estufa. A disponibilização dos certificados para o mercado está previsto para 2026.
Com a proposta de reconhecer os agricultores que já vem utilizando tecnologias sustentáveis na produção, além de ampliar a adoção de sistemas que mitigam as emissões de gases de efeito estufa nas lavouras, a Embrapa lançou o Programa Soja Baixo Carbono, iniciativa que irá certificar com base em dados científicos e mostrar ao mundo a sustentabilidade do grão produzido no Brasil.
O projeto será desenvolvido em conjunto pela Embrapa Soja e as empresas que possuem portfólios sustentáveis e que por isso passaram a apoiar a iniciativa.
“A gente não quer que só a ciência opine, a gente quer que o setor privado também participe das discussões de como a gente parametriza o conhecimento científico e transforma de uma maneira que pode ser medida de uma maneira rápida e eficiente mas que seja aceito internacionalmente. A ideia do Programa Soja Baixo Carbono é mostrar o quão sustentável é a agricultura brasileira em termos de emissões de gás de efeito estufa”, diz Alexandre Nepomuceno Chefe Geral da Embrapa Soja.
O Fórum trouxe além de palestras técnicas, um talk show mediado pelo diretor de conteúdo do Canal Rural Giovani Ferreira para ouvir representantes do setor produtivo sobre as impressões na participação no programa. Para os apoiadores, a iniciativa de unir esforços em busca da descarbonização dos processos produtivos do complexo soja, deve impulsionar ainda mais o protagonismo mundial da agricultura brasileira.
“Ela já é a mais sustentável do mundo, o que nos falta são iniciativas como essas do soja baixo carbono para que a gente tenha métricas científicas para comprovar a nossa eficiência técnica. Então sob o ponto de vista estratégico nos da UPL entendemos que o programa é de fundamental importância para a imagem internacional do Brasil,” destacou Rogério Melo, gerente de carbono e food value chain da UPL.
De acordo com Marcelo Sumiya, gerente técnico da Coamo, essa transformação da pesquisa dá o suporte para aplicar as demandas mundiais em técnicas aplicadas nas propriedades. Tudo isso em uma escala que possa ser utilizada em pequenas propriedades, médias e grandes.
Após o Fórum, as empresas parceiras do projeto participaram de uma visita na sede da Embrapa Soja em Londrina para conhecimento técnico dos processos das boas práticas agrícolas, e das diversas tecnologias que contribuem para redução de carbono, com destaque para o plantio direto, a fixação biológica de nitrogênio, a integração lavoura- pecuária-floresta, os insumos biológicos e o manejo integrado de pragas.
O programa entra agora na fase de definição das diretrizes técnicas. No início do segundo semestre a Embrapa deve iniciar a etapa de validação a campo deste protocolo que vai certificar as áreas produtoras do grão com baixa emissão de gases de efeito estufa.