Soja: Protocolo Verde garante práticas sustentáveis na cadeia produtiva

A iniciativa estabelece critérios socioambientais para a gestão, fomento da produção e compra de soja, garantindo o equilíbrio entre sustentabilidade ambiental e financeira

Soja: Protocolo Verde garante práticas sustentáveis na cadeia produtiva

Na busca por promover práticas sustentáveis na cadeia produtiva da soja no Brasil, empresas associadas da ABIOVE (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) e ANEC (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) estão adotando o Protocolo Verde de Grãos do Pará.

A iniciativa estabelece critérios socioambientais para a gestão, fomento da produção e compra de soja, garantindo o equilíbrio entre sustentabilidade ambiental e financeira.

Soja: protocolo verde

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Foto: Envato

Entre as restrições adotadas pelas empresas, estão a não utilização de áreas embargadas pelo IBAMA ou pela SEMAS (Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade), o respeito às terras indígenas homologadas, unidades de conservação e áreas detectadas pelo PRODES/INPE, exceto quando autorizadas pelo órgão ambiental competente.

Além disso, o combate ao trabalho escravo, de acordo com o Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo, também faz parte dos critérios adotados.

O Protocolo Verde de Grãos do Pará busca garantir a originação de grãos sustentáveis, sendo de extrema importância para evitar a triangulação proveniente de áreas embargadas.

Para isso, as empresas devem consultar a Lista Grãos Verdes Estadual e Federal, atualizada mensalmente pela empresa Agrotools, que fornece informações sobre os produtores e imóveis rurais que atendem aos critérios socioambientais para o cultivo de grãos.

Moratória

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Foto: Pixabay

Outro compromisso importante assumido pelo setor produtivo é a Moratória da Soja, um acordo voluntário que busca não adquirir nem fomentar a produção de soja cultivada em áreas desmatadas no bioma Amazônia após julho de 2008, alinhado com o Código Florestal vigente.

Desde sua criação em 2006, a Moratória tem sido um instrumento fundamental para promover práticas socioambientais responsáveis na cadeia produtiva da soja.

A adesão ao acordo é voluntária, mas tem sido amplamente reconhecida como uma referência de boas práticas socioambientais no Brasil e no mundo. O Grupo de Trabalho da Soja (GTS) é responsável por coordenar a moratória, monitorar o cumprimento do compromisso pelos produtores, realizar auditorias independentes e divulgar relatórios públicos anuais sobre os avanços e desafios da iniciativa.

A partir desses esforços, as empresas associadas buscam contribuir para a conservação da floresta amazônica e valorizar a produção responsável do grão, alinhando-se aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e reforçando o compromisso com a sustentabilidade ambiental e social na cadeia produtiva da soja no Brasil.