Pesquisa aponta crescimento de venda de insumos biológicos no país

A comercialização desses produtos movimentou R$ 1,7 bilhão no país, um aumento de 37% na comparação com o ciclo anterior

Pesquisa aponta crescimento de venda de insumos biológicos no país

Os insumos biológicos são os produtos ou processos agroindustriais desenvolvidos a partir de enzimas, extratos (de plantas ou de microrganismos), microrganismos, macrorganismos (invertebrados), metabólitos secundários e feromônios, destinados ao controle biológico. Esses insumos são também os ativos voltados à nutrição, os promotores de crescimento de plantas, os mitigadores de estresses bióticos e abióticos e os substitutivos de antibióticos.

Pesquisa

De acordo com uma pesquisa realizada pela Spark Inteligência Estratégica, divulgada pelo Business Inteligence Panel (BIP), na safra 2020/21, a comercialização desses produtos movimentou R$ 1,7 bilhão no país, um aumento de 37% na comparação com o ciclo anterior. Já os defensivos químicos, ainda dominantes, movimentaram R$ 52 bilhões na mesma safra, com aumento de 15% em relação ao ciclo passado. 

Ainda segundo o estudo, do total das vendas do segmento de biológicos, os biodefensivos, usados para o controle de doenças e pragas, responderam por R$ 1,3 bilhão – o destaque foram os bionematicidas (R$ 724 milhões), seguidos por bioinseticidas (R$ 417 milhões) e biofungicidas (R$ 159 milhões). Já os bioinoculantes, por sua vez, movimentaram R$ 393 milhões.

Controle biológico

De acordo com a Embrapa, o controle biológico faz parte do chamado Manejo Integrado de Pragas (MIP) e permite o uso de organismos vivos ou obtidos por manipulação genética para combater pragas e doenças provocadas por lagartas comuns, mosca, nematoides (vermes microscópicos), cigarrinha das raízes, broca da cana, ácaros e fungos e outros agentes nocivos para a agricultura.

Os produtos biológicos podem ser utilizados em qualquer cultura, desde frutas e verduras, até grãos, cana de açúcar, entre outros. Existem dois tipos de biodefensivos: os macrobriológicos, que consistem no uso de macroorganismos, como insetos, ácaros e outros inimigos naturais das pragas; ou microbiológicos, que se baseiam em bactérias, fungos e vírus.