Fundo JBS faz novos investimentos na bioeconomia da Amazônia

Projetos apoiados pelo Fundo JBS pela Amazônia incentivam a geração de emprego e renda para moradores da região, além da conservação da floresta em pé

Criado para fomentar e financiar ações que contribuam para o desenvolvimento sustentável do bioma Amazônico, o Fundo JBS para Amazônia acaba de anunciar uma nova rodada de investimentos na região. Desta vez serão contempladas 7 iniciativas das áreas de ciência e tecnologia.

Em entrevista ao Planeta Campo, a diretora do Fundo, Andréa Azevedo, explicou um pouco mais a nova rodada e os resultados alcançados até o momento.

Balanço do Projeto

Instituído em 2020, o projeto contempla diversos temas dentro do bioma amazônico, como por exemplo a bioeconomia da floresta, a conservação e preservação, entre outros. De acordo com Andréa, foram  muitos aprendizados desde o início das atividades e que mostraram que na Amazônia as ações devem ser de longo prazo,  demandam  investimentos que vão além da iniciativa privada, necessitando de filantropia, políticas públicas, parcerias e o principal, o Fundo deve trabalhar com quem está na Amazônia.

“Dentro da Amazônia outras Amazônias: a floresta em pé, a floresta que sofre pressão por desmatamento. E nós vamos trabalhar bastante a questão da bioeconomia da floresta em pé,  para gerar valor para os produtos oriundos da BioAmazônia. E o principal, esses produtos estão muito ligados ao agricultor familiar”, pontuou.

Projetos

Rodada De Investimentos

Small wooden shack in the Amazon rain forest with a beautiful reflection on the Yanayacu River near Iquitos, Peru

Nessa segunda rodada o Fundo JBS pela Amazônia vai apoiar as seguintes iniciativas:

  • Corredor sustentável de cacau
  • InovAmazônia  Ingredientes da Amazônia
  • Geoflora Automação Florestal e Especialização de Carbono
  • Bioplástico da Amazônia
  • Proteínas da Amazônia
  • Projeto Pirarucu Sustentável
  • Mãos Indígenas Floresta em Pé

Para Andréa o grande desafio dentro das iniciativas é gerar renda e trabalhar com essas cadeias. Segundo a diretora, a nova rodada perpassa pelos temas de ciência e tecnologia que podem virar negócio e ativar as cadeias.

“Por exemplo, o projeto InovAmazônia vai trabalhar com seis pesquisas dessas cadeias para que os resíduos gerados se transformem em novos ingredientes, mais naturais.  A intenção é conseguir produtos oriundos dessas comunidades, gerar renda para quem está ali  e trabalhar para que a indústria ajude no consumo desses produtos, neste meio é que temos a ciência e a tecnologia. E é o Fundo que  faz esse tipo de ligação”, explicou.

Bioplástico e Zona Franca

Outro exemplo citado pela diretora do Fundo, foi o do bioplástico.

“Temos duas cooperativas que vão trabalhar o invólucro da castanha-do-brasil e o bioplástico, que vai ser reutilizado para a indústria da Zona Franca de Manaus, serão plásticos mais resistentes, aqueles de embrulhar banco de carro, televisões para transporte. Se essa parceria der certo, teremos a geração de renda para a comunidade, que anteriormente não recebia nada pelo subproduto, um novo produto na região da Zona Franca que gerará mais emprego também. Além de ser uma tecnologia que poderá se expandir para outras áreas”, disse

Parceria com Embrapa

Dois projetos acontecem com a parceira da Embrapa: cadeia do pirarucu e a medição de biomassa.

Na cadeia do pirarucu, a Embrapa vai trabalhar novos produtos para o uso do peixe, como por exemplo pirarucu em conserva, tratamentos para o resíduo da água. Já a parceria para medição da biomassa, com a Embrapa Acre, será para medir a quantidade de carbono gerada por determinadas áreas. A biomassa será medida por drones, através de satélites.

“São pesquisas  bem ligadas à comunidade e à biomassa amazônica. Nesse primeiro ano já alcançamos mais de 2 mil famílias. São projetos a longo prazo,  3-5 anos,  e tem tido bastante engajamento. Ficou claro que as pessoas querem oportunidades para produzir de forma mais sustentável”, concluiu.