Resíduos transformados em renda para o produtor

Os resíduos de uma sociedade representam a sua fotografia. Com o aumento do número populacional, aumenta também a geração de lixo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, o país ultrapassou os 213 milhões de habitantes.

Resíduos sólidos contaminam o solo, o ar, as águas, sendo nocivos às plantas e aos animais, sejam silvestres ou domésticos. Para fazer a correta destinação, primeiramente é preciso conhecer bem e saber separar cada tipo de resíduo. 

Dejetos

Dejetos de aves, bovinos ou suinos, resíduos de podas, serragem, restos agrícolas são caracterizados como resíduos orgânicos, sendo mais facilmente reciclados no meio rural, muitas vezes constituindo-se em valioso adubo para a recuperação da capacidade produtiva do solo ou mesmo para a produção de combustível, como é o caso dos biodigestores movidos a dejetos animais, suínos ou bovinos e a compostagem.

Já as embalagens de agrotóxicos, os lubrificantes, as sucatas de maquinário agrícola, entre outros  materiais sintéticos (metais, vidros, borrachas, plásticos, produtos químicos etc.) oriundos de indústrias, são caracterizados como resíduos não orgânicos. 

Destinação correta

Segundo o coordenador de projetos ambientais, Carlos Riet, a correta destinação de resíduos no meio rural é de suma importância para a preservação ambiental. “Desde 2010, foi publicada uma lei que determina que as propriedades rurais deem uma destinação correta ao lixo gerado. Existe um caminho legal a ser seguido”, disse. 

A recomendação é que o produtor conheça a destinação mais adequada para cada tipo de resíduo gerado. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por exemplo, orienta aos produtores de suinos uma cartilha sobre o aproveitamento econômico dos resíduos, tais como fezes, urina e água desperdiçada nos bebedouros e restos de ração. 

A publicação tem o objetivo de auxiliar o produtor a gerar renda a partir dos resíduos e reduzir os custos de produção, bem como diminuir os efeitos na atmosfera de gases como o metano. No ano passado, perante à Organização das Nações Unidas, o governo brasileiro assumiu o compromisso de reduzir em 37% as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de 2010 até 2020.