Marina Silva sobre desmatamento zero: ‘ninguém pode impor sua vontade’
A importância da floresta para as chuvas, o PIB da América do Sul e o equilíbrio do planeta é imensurável, disse Marina Silva
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, comentou sobre a ausência de uma meta comum para o desmatamento zero na Declaração de Belém, resultado da Cúpula da Amazônia que reuniu representantes dos oito países amazônicos.
Ela destacou que o processo de negociação é mediado e baseado em consensos progressivos, evitando impor vontades individuais.
Marina Silva: evitando o “Ponto de Não Retorno”
Marina Silva ressaltou que todos os países concordam que a Amazônia não pode ultrapassar o “ponto de não retorno”, que é quando o desmatamento ultrapassa 25%, levando a uma transformação da floresta em savana. Ela enfatizou a importância da floresta para as chuvas, o PIB da América do Sul e o equilíbrio do planeta.
Desafios da Mudança do Clima e OTCA
A ministra mencionou que quando a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) foi criada, questões relacionadas à mudança do clima não estavam em foco.
Ela lamentou o tempo decorrido desde a última reunião dos presidentes da OTCA, o que prejudicou o desenvolvimento de políticas regionais para enfrentar o desmatamento, a desigualdade social e os problemas das comunidades indígenas na região.
Comunicados da Cúpula da Amazônia
Marina Silva informou que a cúpula terá dois comunicados: um conjunto dos oito países e outro conjunto da sociedade, que servirá de impulso para os governos.
Ela reforçou que o Brasil já tem um compromisso de desmatamento zero até 2030 e mencionou os esforços para ampliar a fiscalização e reduzir o desmatamento, incluindo uma queda de 66% no mês de julho.
Compromisso de Preservação Ambiental
Em conclusão, mesmo que a declaração conjunta não tenha alcançado um consenso sobre uma meta de desmatamento zero, a ministra enfatizou que o Brasil continuará perseguindo esse compromisso e trabalhando para a preservação da Amazônia.